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31/07/2009

Nossa Voz - A Campanha Salarial 2009 deve ser diferente!

Por ganhos reais de FATO

O Nossa Voz conversou com dirigentes sindicais e com representantes da AFBNB para saber deles  o que esperam da Campanha salarial 2009 e das deliberações aprovadas na Conferência Nacional dos Bancários. Confira.
“Diferentemente da Contraf/CUT, que limita o reajuste ao equivalente a gorjeta de garçons (10%), as oposições não abrem mão das perdas da categoria bancária por entenderem que o ramo financeiro no Brasil navega um mar de calmaria perante a crise que assolou a banca internacional. No Brasil, o Proer de FHC doou mais de R$ 50 bilhões para salvar os banqueiros. Por seu turno, o governo Lula destinou mais de R$ 100 bilhões do depósito compulsório para os banqueiros aplicarem imediatamente em títulos do Tesouro Nacional e assim se tornarem mais ainda pujantes em termos financeiros. E mais: todas as reestruturações de 1994 até agora somente penalizaram o lado mais fraco com as demissões de milhares de bancárias e bancários” (Davi Sá Barros, presidente do Sindicato dos Bancários do Maranhão)

“A proposta de reajuste é rebaixada. Se você quer de fato ter um aumento de 10% de reajuste não poderia de forma alguma sair com essa proposta. Se isso foi por causa da crise, não são os representantes dos trabalhadores que devem se preocupar com isso. Os banqueiros, independente de crise, já ganharam o suficiente. E as perdas passadas, do governo FHC?” (Alberto Ubirajara, diretor do Seeb-PE e da AFBNB)

“Nós da Bahia levamos uma proposta de índice de reajuste salarial de 15%, que consiste em 10% mais a inflação do período. A proposta de 10% é prejudicial para a Campanha Salarial. Pela nossa experiência, sabemos que dificilmente conseguimos 100% do que queremos, geralmente recebemos metade ou menos do que é reivindicado. Negociar apenas 10% será prejudicial para toda a categoria. A PLR é uma questão fundamental e acredito que seja um ponto motivador da Campanha. O piso salarial é outro ponto essencial, principalmente nos bancos públicos. No BNB, especificamente, existe uma grande quantidade de novos funcionários que reivindicam um piso mais elevado. Como eles estão participando ativamente das mobilizações, das greves, é provável que a valorização do piso seja uma questão mobilizadora este ano. O índice aprovado é rebaixado, mas não está tudo perdido, vamos tentar mobilizar os funcionários, para pressionar os patrões e conseguirmos uma Campanha Salarial com resultados positivos para a categoria”. (Antônio Galindo, diretor do  Seeb-BA)

“Espero que seja uma campanha diferente de todas as outras. Que não tenhamos que fazer greve só para acompanhar outros bancos. A greve da categoria é forte quando todos os bancos entram conjuntamente. Todavia, a medida que cada instituição vai tendo os seus anseios atendidos, vão se ausentando do movimento, ignorando os que não lograram êxito. Então, espero que, se tivermos que apelar para uma greve, que seja por nossa consciência e necessidade, forte internamente. Por outro lado, que o representante do BNB faça propostas sérias e com um mínimo de atrativos. E mais, que não fique a espera da FEBRABAN para definir uma proposta mais econômica para o Banco. Que o BNB seja justo com o seu funcionalismo, procurando, inclusive, resgatar o período em que o BNB possuía salários atrativos” (Alberto Cabinho, representante da AFBNB em Teófilo Otoni/MG)


“Espero que esta campanha seja feita com ética e respeito ao acordado nas mesas de negociação e sem delongas que ensejem GREVE, como no passado. A greve é recurso legítimo de última instância dos trabalhadores, ou seja, quando falham as negociações patrão/empregados. Alguns pontos pelos quais devemos lutar: atrelar o fechamento do Acordo 2009 ao retorno e pagamento da LICENÇA PRÊMIO para todos os funcionários que têm o direito adquirido; valorização dos nossos CARGOS. Desta forma, a luta é pelo urgente estabelecimento do PCS no BNB.
   
Também devemos lutar pela carga horária de 06 horas prevista na CLT, com o retorno das horas extras adicionais se for o caso; democracia na divisão da PLR, com igualdade do valor para todos; fim do assédio moral; valorização do trabalho do Representante da AFBNB, com estabelecimento de horário diário e/ou semanal para que realize um trabalho condigno com a liderança. Liberação do Representante para participar de eventos ligados à representação e sindicais. Estabelecer no Acordo 2009 que o Representante não será transferido, destituído e /ou exonerado de cargo/função durante o mandato”. (Reginaldo Medeiros, representante da AFBNB em Montes Claros/MG)

Propostas e alternativas

O encontro nacional das  oposições bancárias (MNOB), realizado em São Paulo nos dias 18 e 19/07, aprovou como principais reivindicações da minuta que será apresentada aos banqueiros e ao governo pelos Sindicatos dos Bancários de Bauru, Maranhão  e Rio Grande do Norte :
- Garantia no emprego, na forma prevista pela convenção 158 da OIT/ONU;
- Reajuste das perdas salariais, a partir do plano Real (julho/1994), com reajuste de 25% imediatos, que repõem todas as perdas dos bancos privados. O restante das perdas, referente aos bancos públicos deve ser negociado diretamente com o governo, para reposição escalonada;
- PLR de 25% do lucro líquido de cada banco, distribuída de modo linear;
- Fim do assédio moral;
- Fim do banco de horas;
- Auxílio creche até o término do ensino fundamental e auxílio educação integral para toda a categoria;
- Estabilidade de emprego aos delegados sindicais firmada em acordo coletivo.

A conferência nacional dos bancários da Contraf/CUT, realizada também em SP nos dias 17 a 19/07, aprovou como principais deliberações :
- Índice de reajuste de 10%;
- PLR de três salários mais R$ 3.850;
- Contratação de toda remuneração dos trabalhadores (inclusive a parte variável);
- Valorização dos pisos salariais (Piso de escriturário baseado no salário mínimo do Dieese, de R$ 2.047. Piso de portaria de R$ 1.432,90 e de caixa R$2.763,45.
- Combate às metas abusivas e ao assédio moral;
- PCS para todos (Criação de um PCS para todos os bancos, com acompanhamento dos sindicatos. A proposta prevê 1% de reajuste a cada ano. A cada cinco anos, esse reajuste será de 2%. O banco é obrigado a promover o bancário pelo menos um nível a cada 5 anos).
- Mais segurança nas agências e regulamentação do  Sistema Financeiro Nacional.
Última atualização: 30/11/-0001 às 00:00:00
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