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31/07/2009

Nossa Voz - A Campanha Salarial 2009 deve ser diferente!

Bancários se preparam para campanha

Entre os meses de abril e julho, os bancários participaram dos diversos fóruns da categoria, nos níveis estaduais, regionais e nacional, com o objetivo de construir a pauta de reivindicações e os encaminhamentos para a Campanha Salarial 2009. Para tanto foram escolhidos os delegados que representariam suas bases nos referidos fóruns.  Os bancários tiveram a oportunidade de definir suas estratégias de luta segundo dois polos de orientação política: a Conferência Nacional dos Bancários, liderada pela Contraf e o Encontro do Movimento Nacional de Oposição Bancária (MNOB), ambos realizados em São Paulo.

Dos encontros saíram propostas de reajustes e outras questões, como isonomia para todos os funcionários dos bancos públicos e reposição das perdas salariais, colocadas pelos bancários da Bahia e Sergipe, durante a 11ª Conferência Interestadual, no dia 4 de julho. O índice aprovado por eles foi de 15%, daí a decepção com o que foi aprovado pela Conferência Nacional, de 10%. “O índice aprovado é rebaixado. Nas negociações nós dificilmente conseguimos 100% do que é pedido. Mas vamos tentar mobilizar os funcionários para termos uma Campanha Salarial com resultados positivos para a categoria”, destaca Galindo Primo, diretor do Sindicato dos Bancários da Bahia.

Segundo José Ulisses, presidente do diretor do Sindicato do Piauí, o encontro local foi bem representativo e além das questões de melhorias para a categoria, a pauta de reivindicações da Campanha tratou também de garantir benefícios à sociedade, a exemplo do atendimento aos clientes, redução de tarifas e o tempo que passam nas filas.

Os sindicatos ligados ao MNOB– Sindicato do Maranhão, do Rio Grande do Norte e de Bauru(SP) – foram além e defenderam propostas mais complexas e profundas, como a mesa única dos bancos públicos e um reajuste voltado à reposição das perdas salariais. O Sindicato do Rio Grande do Norte, por exemplo, aprovou reajuste salarial de 30%. Além disso, defendem a bandeira da isonomia, licença-maternidade de seis meses em todos os bancos, entre outras.

O índice aprovado pela Conferência Nacional (10%) foi baseado em um levantamento feito por alguns sindicatos, entre eles o de Pernambuco, no qual os bancários votavam sobre o índice que considerariam ideal. Contraditoriamente, em vários fóruns da categoria – como a Federação BA/SE, Santa Catarina, Rio Grande do Norte, Maranhão dentre outros - o índice foi superior ao deliberado pela Contraf.

Para a AFBNB, a campanha não se restringe ao índice, mas sem dúvida ele é um fator mobilizador. “O índice a ser cobrado dos banqueiros já remete a uma pendência – as perdas passadas”, afirma Dorisval de Lima, diretor de Comunicação e Cultura da AFBNB. E prossegue: “Tem que se aprovar um índice que mobilize a categoria, que cative e dê segurança para a greve. Se não for um índice com essa perspectiva, desmobiliza”. Dorisval defende que os banqueiros e o Governo assumam sua responsabilidade quanto às perdas salariais, a partir do Plano Real e o movimento sindical, que cobre isso.

“Eu não entendo porque parte do movimento sindical hoje esqueceu essa bandeira das perdas passadas, porque até antes do governo Lula se cobrava isso. Quem deve são os banqueiros e o governo, não foi o bancário nem o movimento sindical quem causou essa situação. O ato de esquecer essa bandeira, pedir índices rebaixados que não mobilizam, é uma atitude de cumplicidade com os patrões e com o Governo. Isso não é digno do movimento sindical”.
Última atualização: 30/11/-0001 às 00:00:00
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