A saúde é o bem mais precioso que temos em nossas vidas. Infelizmente, o ritmo de vida que levamos, as cobranças a que estamos expostos – pelos outros e por nós mesmos – a pressão social e a correria diária contra o tempo são incompatíveis com o que exige uma vida de qualidade. O resultado da soma desses fatores não poderia ser outro: estamos adoecendo cada vez mais.
No mundo do trabalho o cenário é pior. No lugar do companheiro de labuta, vemos um adversário em potencial; o chefe, muitas vezes, não é mais aquele que orienta, mas a pessoa que pressiona e assedia; para muitos trabalhadores a hora de entrar no trabalho é a mais penosa do dia...
O adoecimento do trabalhador bancário, especificamente do trabalhador do BNB, não é um fato isolado, nem decorre da “fraqueza” de um ou de outro. Tudo isso resulta do modelo econômico vigente – o capitalismo – que vê no homem um objeto, uma máquina de trabalho e como tal deve ser usado até a exaustão. Mas esse modelo já vem dando mostras de que está ultrapassado e que não se sustentará, pois a sua base, que é a exploração ilimitada dos recursos humanos e naturais começa a se voltar contra o próprio sistema. Assim como a natureza não suporta mais tanta exploração e mostra toda a sua força, o trabalhador também deve fazê-lo e o primeiro passo é a organização e a união.
Já abordamos em jornais anteriores o tema saúde, mas sob outro enfoque. Na ocasião fizemos um verdadeiro Raio X da Caixa de Assistência Médica dos Funcionários do BNB, a Camed, e procuramos responder aos principais questio-namentos dos funcionários. Dessa vez, abordamos a saúde de outra maneira. Procuramos estimular a reflexão acerca do motivo para tanto adoecimento. Queremos contribuir para humanizar todo esse processo, que começa com a prevenção e vai até a reintegração do funcionário afastado por motivo de saúde.
Afinal, todo mundo quer “mais saúde”. Um direito de todos os trabalhadores e trabalhadoras, conscientes de seu papel, limites e necessidades.
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