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20/05/2009

Nossa Voz - Uma solução para o Passivo Trabalhista

Por um PCR para um Banco de desenvolvimento

Por um PCR para um Banco de desenvolvimento

Por Djalma Moura

Começam os preparativos para a campanha salarial 2009, com a realização do XV Congresso Nacional dos Funcionários do BNB, ocorrido nos dias 24 e 25 de abril, em Maceió (AL). Entre os pontos aprovados, destaco a “luta pelo piso salarial de acordo com o salário mínimo calculado pelo DIEESE, a partir de 1º/9/2009, respeitando o interstício de 4% do plano de cargos”, como uma das mais importantes bandeiras de reivindicações para nós, funcionários.

Desde o conturbado processo que resultou na aprovação do atual Plano de Cargos e Remuneração (PCR), em 2005, que os funcionários (através de suas entidades representativas – Sindicatos e AFBNB) questionam a funcionalidade do mesmo, que somado ao Plano de Funções adotado pelo Banco na época, nunca atenderam às necessidades, nem dos funcionários nem da própria empresa, gerando muita insatisfação entre os funcionários comissionados e perda de quadros qualificados da Instituição.

Na campanha salarial do ano passado, com a conquista do piso bancário de R$ 1.350,00, o PCR foi totalmente descarac-terizado, com o achatamento dos três níveis salariais iniciais do cargo de Analista Bancário e dos participantes do cargo de Assistente Bancário (remanescentes dos antigos cargos de Auxiliar de Serviços Gerais/ASG e Auxiliar de Serviços Técnicos/AST). A implantação do piso negou o principio das promoções, base de qualquer plano de cargos e salários, provocando, com isto, que todos os funcionários concursados desde 2003, mais ou menos 50% do nosso quadro de empregados, recebam o mesmo vencimento de cargo, promovidos ou não.

Nas negociações posteriores para fechamento do acordo salarial 2008, ocorridas na mesa de “enrolação” permanente, o Banco assumiu o compromisso de apresentar uma proposta de adequação do PCR. Fato que só aconteceu de forma preliminar em janeiro deste ano. A proposta apresentada pelo Banco nem sequer tenta resolver o problema do achatamento salarial ocorrido; abordando a situação exclusivamente pela ótica do Plano de Funções, como se a única carreira bancária possível para um funcionário do Banco fosse ser parte do quadro de comissionados. Quadro este que representa menos de 40% do efetivo (menos de 10% para funções de Gestão).

Para tentar remendar as discrepâncias do Plano do Banco, foram apresentadas diversas contribuições dos funcionários, através de críticas e sugestões. Mas até o momento continuamos no processo de “enrolação” permanente, aguardando que o Banco explique as modificações realizadas a partir das contribuições dos funcionários, bem como de ajustes técnicos verificados como necessários. Mas quanto ao essencial, não há muito que esperar!
Daí considerar como fundamental a luta pelo piso do Dieese e pela manutenção do interstício de 4%, o que por si só já será suficiente para desmoronar o castelo de cartas deste “plano de desenvolvimento de carreira”, que nem nasceu e já esta fora da realidade e das necessidades que a atual conjuntura apresenta para a instituição Banco do Nordeste.

Somos um BANCO de DESENVOLVIMENTO, existimos para cumprir um papel Constitucional. O BNB não foi criado para ocupar um nicho de MERCADO. Ao nível federal existe o Banco do Brasil para isto. À luz da conjuntura atual, e em busca de soluções com ousadia para a crise que vivemos, precisamos de um Plano de Carreira para um BANCO de DESENVOLVIMENTO, concebido dentro das necessidades das sociedades Nordestina e Brasileira e compatível com a Missão Institucional do Banco, assumindo sem medo nosso papel como indutor do desenvolvimento do Nordeste, superando assim, de uma vez por todas nossa crise de identidade, que já dura mais de meio século.

Djalma Moura é analista de projetos da CENOP Aracaju/SE

Última atualização: 30/11/-0001 às 00:00:00
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