O processo de reestruturação de agências está ocorrendo no Banco do Nordeste a todo vapor. Com a criação das centrais de Retaguarda, a Instituição está centralizando atividades operacionais – o que resulta em enxugamento de quadros, com a remoção de funcionários. Parte daí a apreensão e ansiedade de muitos. “O Banco não informou qual o objetivo dessa reestruturação; nem mesmo os gerentes têm alguma justificativa”, disse Antônio Galindo Primo, diretor do Sindicato dos Bancários da Bahia, que já participou de três reuniões com a Superintendência Estadual. “Foi colocado, como exemplo, uma agência que hoje tem 27 funcionários e que permanecerá com apenas 17”, disse.
Galindo destaca que até agora não ocorreu nenhum trauma, ou seja, ninguém perdeu a função ou foi transferido contra a vontade. Mas as opções estão se fechando. “Vai chegar um momento em que funcionários serão transferidos sem uma função. E ser remanejado para a capital ganhando o piso é inviável”, alertou.
Outra preocupação é com o cumprimento da missão do Banco do Nordeste. De acordo com Galindo, esse processo se assemelha à tipologia adotada pela rede privada, que enxuga unidades e abre postos de atendimento – as chamadas agências de mercado. “O Banco precisa de agências estruturadas para atender sua missão; ele não está ali só pra atender capitalização, poupança...”, lembrou. “Se você passa a ter uma estrutura de banco privado você vai perdendo esse foco”. |