Interessada, participativa e sempre pronta a contribuir com as questões relacionadas ao BNB e à sua Associação de Funcionários. Assim é Rita Josina, que até bem pouco tempo era representante da AFBNB e hoje ocupa a cadeira de Diretora Tesoureira. Em conjunto com a Diretoria recém-eleita para o biênio 2009-2010, Rita espera contribuir de forma efetiva para a construção de um Nordeste e BNB melhores. Acompanhe a entrevista:
NOSSA VOZ – Nós já conhecemos o seu trabalho como representante da AFBNB. Mas agora é a sua primeira vez na gestão da entidade, sendo a única mulher na Diretoria Executiva. Como se deu esse chamado e quais as suas perspectivas de ação enquanto diretora?
RITA JOSINA – Na verdade, eu sempre busquei participar e colaborar de alguma forma. Isto é algo que faz parte de mim, da minha formação cristã, acadêmica e profissional, a partir de minha própria experiência no Banco. Tudo isso tem me levado a estar sempre me manifestando e buscando contribuir com essas grandes questões em que estamos inseridos enquanto Nordeste e enquanto banco de desenvolvimento, tendo assumido por diversas vezes o cargo de representante da AFBNB no meu ambiente de trabalho. Quando fui convidada pela Chapa 2, que concorreria às eleições, não tive como dizer não. Afinal, era uma forma de contribuir mais efetivamente. É claro que me senti privilegiada, porque não deixa de ser um reconhecimento dessa representação. Mas sei também que a responsabilidade vai aumentar. Com o ingresso na Diretoria eu terei que contribuir de uma forma mais ativa, dando encaminhamento a uma série de ações que eu mesma propunha. É um desafio que estou assumindo e o fato de não estar ligada a nenhum partido político me deixa muito à vontade para colocar meu ponto de vista e também para representar as pessoas que me elegeram e os grupos onde estou inserida, levando suas demandas e sugestões. A minha expectativa é que realmente eu possa privilegiar e defender com maior ênfase aquilo que no momento está sendo essencial para o Banco e para os funcionários.
Como foi a experiência como representante da AFBNB, já que você sempre marcou presença nas Reuniões do Conselho e buscou maior proximidade com a Associação ao longo de sua história?
Exercitar essa representação foi um grande crescimento. Principalmente porque passei a conhecer melhor quais as grandes questões que dizem respeito ao Nordeste e ao Banco. Foi uma oportunidade de aprofundar essas questões, além de entrar em contato com pessoas de diversas localidades do BNB. Aqui na Direção Geral a gente tem uma visão; a partir do momento em que a gente entra em contato com pessoas de outras unidades e outros estados, a gente passa a ver o Banco e o Nordeste a partir de uma outra perspectiva. Participar das reuniões do Conselho de Representantes e também de outras atividades promovidas pela AFBNB significou, para mim, contar com um grande espaço democrático. Eu sempre me senti muito acolhida quando tive alguma sugestão para dar, então esse período foi muito gratificante. E procurei, na medida do possível, trazer essas informações de volta para a minha unidade, para os meus colegas. Isso não é nada fácil, porque a gente está naquele ritmo de trabalho e às vezes é difícil reunir a equipe toda. Mas tudo foi uma oportunidade de fazer esse elo entre a entidade e os funcionários, quer fossem associados ou não. Conseguimos muitas adesões, inclusive. Como representante, enfrentei algumas dificuldades, mas também tive muitas pessoas que me ajudaram nesse trabalho. A gente nota que, de um modo geral, os colegas querem conhecer e também participar e colaborar. Às vezes, o que falta é um pouco mais de mobilização, mas a gente entende que isso é um processo que vai se fortalecendo cada vez mais.
Qual o seu entendimento em relação à participação feminina nas entidades representativas? Ou melhor, como você vê a inserção da mulher nos diversos espaços políticos?
É uma questão que não há como fugir. Acredito que a atuação nos movimentos sociais é uma complementaridade às nossas atividades, porque esse exercício vai, de certa forma, ampliar nossa visão do mundo. Isto porque a gente tem a oportunidade de conviver com várias percepções que se comple-mentam e que nos fazem caminhar para um resultado mais dinâmico e sistêmico. Eu vejo com muita seriedade esse convite à participação da mulher nessas atividades, porque nossa atuação no campo político é uma oportunidade de contribuir com uma visão e percepção femininas, na perspectiva do gênero. E essa participação vai fazer parte de uma ação integrada da mulher em sua rotina familiar, profissional, religiosa... Tanto ela contribui como aprende e se fortalece; é uma relação de troca.
E como é a mulher Rita Josina?
É uma mulher analítica e conciliadora, que tenta compreender as diversas opiniões e contribuições, buscando aproveitar ao máximo cada ponto para que ele se some e apareça com o resultado do coletivo. Sempre busco a soma de esforços, tentando visualizar o melhor resultado para todos. Então me vejo muito atenta ao exercício da conciliação nesse sentido.
Quais as questões que você, enquanto diretora, buscará priorizar nos próximos dois anos?
Buscarei resgatar as oportunidades de participação feminina dentro do Banco. Vemos uma grande maioria masculina e a participação feminina pode e deve ser mais atuante. Outra questão que desejo contribuir de uma forma particular é ajudar nesse grande processo de mobilização. O BNB tem grandes desafios e uma missão a cumprir, e a gente tem que aumentar as fileiras para que essa mobilização se fortaleza e potencialize essa grande luta que é o fortalecimento do Banco. Bandeira esta que a AFBNB vem levantando há algum tempo e que tem mais é que se fortalecer, até por conta das peculiaridades do próprio sistema, a exemplo das ameaças que se apresentam e da própria crise mundial. O BNB precisa de força e nós somos essa força que deve impulsionar as mudanças necessárias. Afinal, esse processo exige a participação de todos. |
