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19/11/2008

Nossa Voz - Campanha Salarial no BNB faz história

O cordelista cibernético cultura popular no mundo virtual

O cordelista cibernético cultura popular no mundo virtual“Américo: Honório meu camarada, se lhe for de bom agrado / Quero lhe desafiar, para cantar lado a lado / Disputando uma peleja, com o meu verbo afiado / Pelo correio eletrônico vou lhe deixar estirado. / Honório: É preciso ter cuidado para não perder de feio / Na peleja virtual mostre bem para que veio / Ou então eu lhe derroto no meu próximo e-mail” (Peleja virtual entre Américo e Honório). 

O trecho do poema demonstra a forma que o cordelista José Honório encontrou para inserir a poesia nordestina no mundo virtual. José Honório é poeta popular e funcionário do Banco do Nordeste em Recife (PE). Foi um dos primeiros cordelistas a utilizar a internet para divulgar e produzir poesia popular, sendo conhecido também como “Cordelista Cibernético”.

O interesse pela cultura nordestina foi transmitido por seus pais, que viveram e cresceram no meio rural. Ainda jovem começou a se interessar pelo mundo mágico da poesia, e em 1984 publicou seu primeiro cordel: “Recife – carnaval, Frevo e Passo”. Depois disso, José Honório já produziu cerca de cinqüenta folhetos, participou de oficinas e recitais de cordel, deu palestras sobre cultura brasileira e nordestina em diversas cidades da Suíça, além de ser um dos fundadores da União dos Cordelistas de Pernambuco (Unicordel).

Em suas produções, José Honório utiliza o bom humor nordestino para fazer paralelos entre a modernidade das capitais e as tradições das cidades de interior. Sempre utilizando uma linguagem comum dos sertanejos, o cordelista faz poesias abordando temas atuais como esporte, conflitos entre casais, lei seca, ritmos musicais, entre outros.

Em um de seus mais recentes poemas, “O interior de hoje em dia”, José Honório fala de um modo engraçado sobre as mudanças das características e tradições do meio rural com a chegada das invenções tecnológicas, ressaltando que apesar da modernização, muitas características e tradições do meio rural permanecem. Um trecho do poema diz: “Tem muita festa animada, com os herdeiros do rei / Porém, parte da moçada só quer o som do didjei (dj) / Lampião inda é herói pois foi o nosso caubói, embora rei dos bandidos / Hoje herói tem de montão nesses filmes do Japão ou dos Estados Unidos”.

Para saber mais sobre o “cordelista cibernético” e ter acesso às poesias rimadas com um estilo nordestino, basta acessar o site: www.josehonorio.com.br.

Última atualização: 30/11/-0001 às 00:00:00
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