Vivemos mais uma campanha salarial, momento importante para a classe trabalhadora bancária. Momento em que devemos fazer escolhas e assumir as conseqüências, visando o bem coletivo. Momento de pensar novas e ratificar antigas estratégias que nos levem a conquistas efetivas – tanto no âmbito econômico como nas relações de trabalho. Momento, sobretudo, de assumirmos individual e coletivamente as bandeiras que defendemos para uma vida mais digna e justa, compreendendo que sindicatos e demais entidades representativas se resumem a peças políticas puramente formais se não tiver ampla participação de todos.
Lutar por melhorias econômicas, no entanto, não significa deixar de lado as lutas institucionais, que no caso dos trabalhadores do Banco do Nordeste dizem respeito à defesa da região e dos instrumentos de desenvolvimento que nela atuam, inclusive do próprio Banco. Esse é um desafio! Desafio que vai para além de defesas corporativas e se situa na perspectiva da luta por um Nordeste melhor, ungida pelos valores de defesa da vida do povo brasileiro e nordestino e se projeta em um plano econômico de inserção social, combate à pobreza, às desigualdades regionais, suportada em um projeto de nação e que tenha como coroamento a felicidade de todos os brasileiros. Tudo isso só será conquistado com luta.
A história nos mostra que é apenas com organização e mobilização que o povo concretiza seus sonhos. Os banqueiros têm, na teoria e na prática, condição de atender a todas as reivindicações da categoria, vide os lucros estratosféricos obtidos às custas da exploração da mão de obra do trabalhador – e por que não dizer, da verdadeira extorsão feita aos clientes, através de tarifas exorbitantes. Na prática, entretanto, o atendimento às demandas estará diretamente relacionado à capacidade de mobilização e pressão dos bancários.
É chegada a hora de fazer ouvir nosso grito, mesmo que isso incomode os acomodados. Devemos começar hoje a tecer um novo amanhã e para isso não podemos estar sós, pois, como diz o poeta, “um galo sozinho não tece uma manhã: ele precisará sempre de outros galos...” |
