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01/10/2008

Nossa Voz - Hora de lutar para conquistar

Funcionários querem revisão do PCR e implantação do plano de funções

“Creio que a luta por um plano de cargos mais justo, com um piso que se aproxime daquele estimado pelo Dieese, é tão importante quanto a valorização do plano de funções”. Esta é a opinião de Antenor Eloy, da agência de Capelinha (MG). Assim como ele, uma grande parcela dos funcionários do Banco do Nordeste espera que estas importantes reivindicações sejam atendidas nesta campanha salarial.

Desde a implantação do Plano de Cargos e Remuneração (PCR), em julho de 2006, a Associação dos Funcionários do BNB (AFBNB) vem reiterando a necessidade premente de sua revisão, com o objetivo de adequá-lo à função desenvol-vimentista do Banco e valorizar o funcionalismo, contribuindo para a retenção de bons quadros na Instituição. O principal ponto defendido diz respeito à elevação do piso inicial do BNB, hoje em R$ 1.113,30. O parâmetro é o salário mínimo necessário calculado pelo Dieese, atualmente em R$ 2.074. No entanto, este patamar só deverá ser atingido em 2010, através de reajustes progressivos, conforme a pauta de reivindicações da campanha nacional que se encontra em negociação na mesa única. Assim sendo, a partir deste ano o piso passaria a ser de R$ 1.497,75.

Já o Plano de Funções em Comissão (PFC) ainda não saiu do papel. O Banco apresentou um esboço do plano às entidades no início de setembro, mas ainda não disponibilizou as tabelas com os valores, conforme prometido. Na avaliação do presidente da AFBNB, José Frota de Medeiros, é preciso analisar a consistência e a adequação das comissões à função do BNB como banco social.

O reconhecimento do esforço do funcionalismo para os resultados do Banco – cada vez melhores, diga-se de passagem – é outra grande demanda. “O pagamento integral da PLR [Participação nos Lucros e Resultados] deve ser priorizada nesta campanha salarial, sendo igual à dos outros bancos”, espera Antonio Carlos de Oliveira, da agência de Tauá (CE). Este ano a proposta é elevar o valor da PLR para três salários mais R$ 3.500, sem limitador e sem teto. Quanto à forma de distribuição, a AFBNB defende que seja linear, ou seja, igual para todos. "Esperamos que os funcionários não tenham suas expectativas frustradas mais uma vez, quando se vêem preteridos na distribuição dos lucros e dividendos, que são frutos de seu trabalho", reitera Medeiros.

A licença-prêmio é outro ponto  nunca esquecido. Direito suprimido unilateralmente em 1997, seu retorno é uma reivindicação antiga do corpo funcional. Com ele, a cada cinco anos de efetivo exercício, o funcionário tinha direito a três meses de licença para utilização. A demanda, até agora, não foi atendida pelo BNB, que alega impedimentos do DEST.
Bandeiras de luta – Em consonância com o funcionalismo, a AFBNB também defende a negociação das perdas passadas no BNB, cuja defasagem hoje é de 59,21% (segundo o depto Socioeconômico do SEEB-BA); transparência nos processos de concorrência, comis-sionamento e transferência; isonomia de benefícios e direitos entre todos os funcionários; fim do assédio moral e da extrapolação da jornada de trabalho, além da quitação do passivo trabalhista.  

Pela transparência

A transparência nos processos seletivos do Banco do Nordeste é uma demanda recorrente dos funcionários.  Atualmente, esses processos são realizados, muitas vezes, de forma antidemocrática e nada transparente. Desse modo, a credibilidade destas seleções fica bastante comprometida, o que não é bom nem para o Banco tampouco para o funcionalismo.

O diretor de Comunicação e Cultura da AFBNB, Dorisval de Lima, entende que é necessária uma maior “democratização dos processos internos” no BNB. Para ele, no tocante a esses métodos seletivos é preciso que “haja transparência e prévia informação aos funcionários”.
O diretor ainda analisa que quando assuntos de interesse do conjunto dos funcionários pautam a diretoria, esta acusa o DEST de frear o andamento daqueles; contudo, quando da criação de novos cargos e superintendências, o Banco mostra-se eficiente no desenrolar desses processos. Para Lima, essa discrepância de posicionamento revela um caráter tendencioso do Banco, pois ele se mostra “omisso no caso dos funcionários e muito eficaz para criar cargos”. A Associação não corrobora com a criação sem critérios de estruturas de superintendências e cargos.

Na última Reunião do Conselho de Representantes  da AFBNB, realizada em agosto, em Fortaleza, os participantes aprovaram 11 resoluções que apontam para a busca de uma melhor transparência aos métodos seletivos do Banco. A principal trata da criação de um sistema específico para dar transparência aos processos, com discussão e definição dos critérios adotados.

A AFBNB tem desempenhado uma luta ininterrupta pela democratização dos processos de seleção do Banco do Nordeste. A Associação acredita que, com uma gestão democrática e ancorada na transparência, o Banco ganhará credibilidade e, por conseguinte, estará valorizando seu corpo funcional.

Última atualização: 30/11/-0001 às 00:00:00
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