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11/08/2008

Nossa Voz - Você conhece a estratégia de gestão do BNB?

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Enfim, a Campanha Salarial 2008

 Reunidos em São Paulo, durante a Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, bancários de todo o Brasil definiram as estratégias e reivindicações para a campanha salarial deste ano. A categoria aprovou índice de 13,23% de reajuste, formado por inflação mais 5% de aumento real. Finalizado o encontro, as propostas foram sistematizadas na minuta final, que é composta por 109 artigos e alguns anexos.
Entre os pontos de destaque estão:
- A implantação de PCS (Plano de Cargos e Salários) em todos os bancos, com 1% de reajuste a cada ano de trabalho e 2% a cada cinco anos, mesmo prazo para a empresa promover o funcionário pelo menos em um nível, entre outras obrigações.
- O pagamento do 14º salário a todos os empregados, inclusive aos que estiverem afastados do trabalho por qualquer motivo e aos que tiveram o contrato de trabalho rescindido no ano respectivo. O valor seria pago no mês de celebração da convenção coletiva.
- Aumento do salário de ingresso, respeitando o tipo de trabalho desempenhado, da forma que pessoal de portaria, contínuos e serventes não podem receber menos que R$ 1.048,43; escriturários, R$ 1.497,75; caixas, operadores de telemarketing e tesoureiros, R$ 1.947,07; primeiro comissionado: R$ 2.321,50  e primeiro gerente, R$ 3.369,93. Esses valores também valem, proporcionalmente às horas trabalhadas, na contratação de estagiário sem vínculo empregatício, como admitido em lei. Pela proposta aprovada, deverá haver aumento progressivo, em até três anos, até atingir o piso do Dieese, de R$ 2.074,00, sendo incorporado 50% da diferença entre o piso da categoria, de R$ 921,49, e o piso do Dieese neste ano, 25% em 2009 e 25% em 2010.
- Foi aprovado também o fim das metas abusivas. As metas serão obrigatoriamente de caráter coletivo e definidas por departamentos/agências a partir de alguns critérios como o porte da unidade (departamento/agência), a região de localização, o número de empregados, a carteira de clientes, o perfil econômico local, a abordagem e o tempo de execução das tarefas. Além disso, as metas serão adequadas e reduzidas proporcionalmente nas hipóteses de afastamentos, licenças, férias, ausência etc e fica proibido qualquer tipo de comparação entre os resultados obtidos, seja por agência, região ou ranking.
- A participação nos lucros deverá abranger também aposentados e afastados por motivos de saúde ou acidente. A categoria cobra distribuição de 5% da receita de prestação de serviços e 10% de toda a produção da agência de forma igualitária, além de aumento do valor da PLR e simplificação dos critérios de distribuição: três salários-base mais R$ 3.500,00 para todos, sem limitador ou teto.
- Todas as horas extras serão pagas com o adicional de 125%, sendo vedada a sua compensação. As horas extras deverão ser consideradas para efeito de pagamento dos sábados, domingos e feriados. O cálculo do valor será feito tomando-se por base o somatório de todas as verbas salariais, tais como ordenado, adicional por tempo de serviço, gratificação de caixa, gratificação de compensador e outras comissões.

Confira as principais reivindicações
• Reajuste de 13,23%
• Aumento do valor da PLR
• PCS em todos os bancos
• Fim das metas abusivas
• Vale-refeição de R$ 17,50
• Cesta-alimentação de R$ 415,00
• Auxílio-creche de R$ 415,00
• Plano de Previdência Complementar
• Ratificação da Convenção 158 da OIT
• Investimentos em segurança
• Adicional de risco de vida de 40% do salário para funcionários de agência e PABs
• Auxílio Refeição e Cesta Alimentação para aposentados e pensionistas por morte ou invalidez.
• Auxílio filhos em período escolar (reembolso, até o valor mensal de um salário mínimo, para cada filho, das despesas realizadas e comprovadas, mensalmente, para mantê-los em escolas de primeiro e segundo graus).
• Suspensão de terceirização, a partir da data de entrega da presente pauta de reivindicações, ficando vedada a terceirização dos setores de compensação, tesouraria, caixa rápido, home banking, auto-atendimento, tele-atendimento, cobrança, cartão de crédito, retaguarda.


A minuta pode ser conferida na íntegra no site da AFBNB (www.afbnb.com.br). Basta clicar na seção Negociações e a seguir em Campanha Salarial.

 

AFBNB convida à participação

A Associação dos Funcionários do BNB tem, entre os objetivos de sua existência, a defesa dos interesses de seus associados nas relações de trabalho com o BNB. Tal defesa acontece todos os dias, nas ações da entidade, quando reivindica melhores condições de trabalho, salários justos, plano de cargos compatível com um banco de desenvolvimento; quando combate veementemente práticas inaceitáveis como o assédio moral; quando luta contra a exploração do trabalho gratuito...
Mas, sem dúvida, é durante a Campanha Salarial que várias das reivindicações do funcionalismo vêm à tona e é nesse período que os esforços se concentram para que o trabalhador consiga êxito em suas demandas, utilizando para isso estratégias de pressão que exigem cada vez mais engajamento, participação e consciência.
A AFBNB está presente nesse processo. E apesar de não ser a entidade responsável por assinar o acordo, participa de toda negociação por integrar um fórum amplo – a Comissão Nacional, que congrega os sindicatos com BNB na base e as associações.  Além disso, a AFBNB tem participado, através de seus diretores, dos encontros estaduais e regionais, assim como participará do Congresso Nacional dos Funcionários do BNB, nos dias 8 e 9, em Parnaíba (PI) – e tem estimulado seus associados a se engajarem nas discussões acerca da campanha salarial e participarem das instâncias onde o assunto é tratado.
Para contribuir com a reflexão acerca do tema, divulgamos abaixo artigo do representante da AFBNB na agência de Teófilo Otoni (MG), Alberto Cabinho de Freitas, no qual fala sobre os principais anseios dos funcionários do BNB. O representante levanta pontos importantes que devem ser discutidos nesta Campanha Salarial.

Os anseios dos funcionários do Banco do Nordeste

Os anseios dos funcionários do Banco do Nordeste ainda estão em uma fase anterior.  Antes de chamarmos de anseios, são necessidades básicas, já que vão desde remuneração compatível com a atividade, até infra-estrutura tecnológica adequada à demanda no trabalho.
Trabalhar é uma das formas de elevar a auto-estima. E, além do salário, existem diversos fatores que contribuem para uma ambiência saudável no local de trabalho, que vão desde o meio físico, meio estético chegando ao psicológico.
Com relação aos funcionários do Banco do Nordeste estes fatores vão ainda além, já que o BNB tem, intrínseco na sua missão, a parte social do crédito, de criar condições que possam melhorar as condições sócio-econômicas dos agentes produtivos e, conseqüentemente, da região onde atua.
Ocorre que, os funcionários do BNB, passam a incorporar estes fatores, os quais passam a ser objetivo, e lutam por eles.  E esses objetivos, atualmente, quando conseguidos, são a duras penas pelos funcionários das agências, já que o Banco hoje está sendo visto como burocrático, exigente, lento e complicado para atingir o que está descrito na sua missão.
Nas agências, por mais esforçados que sejam os funcionários, estes esbarram em sistemas emperrados, que apresentam falhas que só são solucionadas pela Central de Apoio. E esta, por sua vez, possui demandas diárias que fazem com o que o pessoal que dela depende tenha que ficar noite a dentro no Banco. E, em conseqüência, o Banco deixa de cumprir o seu papel institucional.
Assim, fica claro que os principais anseios dos funcionários do Banco do Nordeste são: salários dignos com a sua função desenvolvimentista; isonomia salarial sem distinção entre novos e antigos; melhor plataforma tecnológica que permita que empréstimos comerciais aconteçam em 24 horas (a exemplo de outros bancos) e os financiamentos num prazo médio de 20 dias; mais rapidez e celeridade no atendimento ao cliente, em todos os segmentos, com maior aporte de recursos humanos e estruturais; maior apoio e valorização das funções voltadas para o desenvolvimento, a exemplo das que estão ligadas ao Ambiente de Políticas; abertura de concorrência em todos os níveis do Banco (e não só nas funções de menor remuneração) e maior transparência quando da seleção.
Todos os anseios descritos acima, na verdade necessidades básicas, são apontados na expectativa de conferir uma maior satisfação para os funcionários, com melhores resultados para as agências (porta de entrada e de recursos do Banco), crescimento consolidado do BNB e de toda a região onde atua.      
Na atual AFBNB, incluídos aí, além dos funcionários e os seus representantes, também a diretoria e os funcionários da Associação, há uma conjunção de atitudes com o objetivo de ajudar o próprio BNB a crescer,  sem perder o foco na defesa do funcionalismo.
O trabalho da AFBNB está cada vez mais intensivo, não se limitando apenas aos períodos de campanha salarial e às reuniões do conselho de representantes, mas com lutas em defesa do Nordeste; reivindicações permanentes ao BNB; visitas de trabalho a Brasília, evitando que o Poder Legislativo deixe passar brechas que venham a prejudicar a região.
Esperamos que todos os nossos anseios sejam logo atendidos, o que conferirá uma maior satisfação para os funcionários, com melhores resultados para as agências (porta de entrada e de recursos do Banco), crescimento consolidado do Banco do Nordeste e de toda a região onde atua.

* Alberto Cabinho de Freitas é Agente de Desenvolvimento, lotado na Superintendência MG/ES (Ag. Teófilo Otoni - MG)

Última atualização: 30/11/-0001 às 00:00:00
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