A relevância do tema, a qualidade das palestras e o aprofundamento das discussões foi a tônica da 33a Reunião do Conselho de Representantes da Associação dos Funcionários do BNB. Sediada em Recife, Pernambuco, nos dias 28 e 29 de março, no Hotel Onda Mar, o evento contou com a participação de 130 representantes de base da Associação. Juntos, eles refletiram sobre várias questões, sobressaindo-se como principal temática a questão do "Modelo de Financiamento Regional e Fortalecimento do BNB".
O presidente da AFBNB, José Frota de Medeiros, marcou a abertura do encontro com um discurso de preocupação em relação ao futuro do Nordeste. Em contrapartida, apontou soluções viáveis para que a Região cresça alicerçada no desenvolvimento e na inclusão social, com maior distribuição de renda e menos pobreza.
Medeiros afirmou que a região nordestina não pode ser pensada à parte do restante do País. "Precisamos de um Brasil integrado. O Nordeste tem que ser pensado dentro de um projeto de nação", justificou. Ao criticar o atual livre mercado de capitais, baseado no modelo neoliberal, o presidente da Associação asseverou que o melhor para o País seria um mercado controlado, "porque o Estado e o mercado devem servir à sociedade e não a grandes grupos financeiros".
Outro aspecto abordado pelo presidente da AFBNB foi a preocupação com o anteprojeto da reforma tributária, que pode privilegiar as regiões ricas. "É preciso que se reconheça que no Brasil existem desigualdades regionais e a reforma tributária tem que considerar isso", disse, acrescentando que ainda há muita luta pela frente, já que todos os Estados já estão se mobilizando para ganhar um pedaço do bolo tributário. "Há ainda a questão dos fundos constitucionais de desenvolvimento [a exemplo do FNE]. Se não figurarem na estrutura do anteprojeto da reforma tributária, esses fundos estão ameaçados: primeiro de diminuição, segundo de esfacelamento", alertou Medeiros.
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