É preciso insistir no bom combate
"O assédio moral fere nada mais que a dignidade e a identidade do trabalhador. Leva o indivíduo à ruína e o martiriza, pois ele sofre sem saber o porquê" (Margarida Barreto, médica do trabalho). Esse tipo de violência ocorre mais freqüentemente com mulheres, dirigentes sindicais combativos, os adoecidos do trabalho, os solidários e com alto senso de justiça. Todo assédio é discriminatório, na medida em que ratifica a recusa de uma diferença ou uma particularidade da pessoa (Hirigoyen, 2002).
Este comportamento, por parte do empregador, é mais comum frente às dificuldades do empregado em ultrapassar as metas estabelecidas, posicionar-se contra a longa jornada e excesso de horas trabalhadas, questionar os baixos salários ou mesmo as normas da empresa. Deste modo, o abuso do poder e a sistemática violação dos direitos do trabalhador acabam desencadeando e provocando agravos à sua saúde, muitas vezes irreversíveis.
O Banco do Nordeste, infelizmente, não foge à regra. A extensão diária da jornada de trabalho e o assédio moral já estão quase institucionalizados no âmbito da Instituição. Funcionário que cumpre seu expediente normal de seis horas diárias – direito conquistado a duras penas pelos trabalhadores bancários – é discriminado.
A AFBNB continuará recebendo denúncias sobre estas questões, resguardando o devido sigilo do funcionário e fazendo os encaminhamentos necessários. Mas você também precisa fazer a sua parte. Denuncie práticas equivocadas e ajude a Associação a conhecer, cada vez melhor, a realidade do BNB. Juntos e confiantes, venceremos os desafios a um novo amanhecer. |