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05/03/2008

Nossa Voz - Pelo fim do assédio moral e da exploração no BNB

AFBNB lança campanha contra o assédio moral e a exploração no BNB

Com o objetivo de provocar uma mudança na política de gestão de pessoas do BNB, revisão do programa de metas e, de certo modo, uma mudança de comportamento dos funcionários do Banco, a AFBNB lançará, no próximo dia 29 de março, durante a 33a Reunião do Conselho de Representantes, uma campanha contra o assédio moral e o trabalho gratuito no Banco do Nordeste, com o mote “Quem faz o BNB merece respeito”.
Para a Diretoria da Associação, o Banco deve buscar a valorização do funcionalismo – e não pressioná-lo à produção a qualquer custo – a fim de formar e manter quadros realmente comprometidos com a missão da Instituição. Dessa forma, para combater a extrapo-lação da jornada e, conseqüentemente, o assédio moral, a AFBNB propõe – como já destacado – que as metas sejam compatíveis com a realidade do BNB, já que um banco de desenvolvimento não deve buscar resultados numéricos a curto prazo (lucratividade), mas resultados sociais a médio e longo prazos. “Avançar na área comercial não é ruim, mas devemos ter a consciência de que isto é complementar, não é a essência do BNB”, declara o diretor Administrativo da AFBNB, Assis Araújo. “A AFBNB defende um banco diferente, com maior participação nos municípios. Se o BNB se aproximar demais da atuação do Banco do Brasil, por exemplo, como justificar a existência dos dois?”, completa.
Outras medidas importantes seriam a inclusão de um nor-mativo, no Banco, contra a prática do assédio moral e a extrapolação sistemática da jornada, prevendo, inclusive, as devidas penalidades. Também o acordo coletivo de trabalho dos funcionários do BNB poderia conter uma cláusula coibindo tais abusos. Na convenção coletiva 2007-2008 dos funcionários do Banco do Brasil, por exemplo, a cláusula trigésima nona, cujo título é assédio moral, prevê que o “o banco incluirá o tema nos programas dos cursos de gerenciamento de pessoal e relacionamento interpessoal”.
Para o presidente da AFBNB, José Frota de Medeiros, o assédio moral é uma ação violenta e covarde. “Geralmente é direcio-nado para pessoas que estão isoladas e mais fragilizadas. Por isso, é preciso que haja também a solidariedade dos colegas”, afirma. Já o diretor Wagner Fernandes destaca que o assédio moral, o autoritarismo, a  perseguição e o trabalho gratuito já fazem parte da cultura do BNB. “Quem não segue isto acaba ficando menosprezado no ambiente de trabalho”, diz.
A AFBNB exige que a Direção do BNB combata estas formas de violência ao trabalhador, principalmente na hora da escolha de gerentes mais bem capacitados e preparados para agir com liderança, mas sem confundi-la com autoritarismo.

Histórico do assédio no BNB

No Banco do Nordeste, durante a gestão de 1995 a fevereiro de 2003, foram inúmeros os casos de assédio moral e perseguição contra o corpo funcional. Mesmo com uma nova gestão à frente do Banco, denúncias chegam com freqüência à AFBNB. Confira:
– Em julho de 2004, funcionários da agência de Limoeiro do Norte (CE) denunciram a postura autoritária do então gerente Isidro Moraes Siqueira, hoje superintendente estadual do BNB no Ceará. Isidro foi acusado de desrespeitar direitos dos funcionários.
– Em 2005, durante a campanha salarial, vários funcionários denunciaram atitudes de gestores do Banco querendo amedrontar, inibir e enfraquecer a adesão à greve. Dentre elas, a solicitação de listas com os nomes dos grevistas; deslocamento de funcionários como forma de garantir a continuidade do trabalho; convocação de funcionários para trabalhar, por meio de mensagem eletrônica; convocação de funcionários que estavam de férias a voltar ao trabalho, infringindo a legislação trabalhista; pressão sobre os funcionários, ameaçando retirar comissões, e sobre os sindicalistas.
– Em maio de 2006, a AFBNB recebeu denúncias de práticas opressoras de gestão perpetradas na fase de “Avaliação do Desempenho” que, ao invés de ser um meio de aperfeiçoamento e qualificação da força do trabalho do Banco, torna-se um tacape nas mãos de gestores autoritários. A Associação recebeu, ainda,  denúncias de que os funcionários estavam sendo ameaçados de corte das funções em comissão caso não aderissem ao Plano de Cargos e Remuneração (PCR) ou se manifestassem contra ele.
– Em novembro de 2006, agentes de desenvolvimento do Ceará denunciaram tratamento agressivo e humilhações do superintendente estadual do BNB no Estado.
– Em fevereiro de 2007, a AFBNB recebeu denúncia de um funcionário da Paraíba. Sem qualquer explicação, ele teve que desocupar sua mesa e passar a utilizar computadores de outros colegas – quando desocupados. Ao procurar o Gerente Geral para uma conversa, o mesmo, de forma humilhante e constrangedora, tentou desestabilizá-lo emocionalmente e profissionalmente, dizendo que o funcionário não tinha o perfil para trabalhar naquela função, pois não tinha “agressividade”.
– Em abril de 2007, as entidades representativas do funcionalismo reclamaram, em mesa de negociação, da superintendência de Alagoas, que fazia circular correios chamando as agências que não atingiam as metas de “vermelhinhas”.
– Em janeiro de 2008, o Diretor da AFBNB, Wagner Fernan-des Jacinto, lotado em Quixera-mobim (CE), foi surpreendido por um inquérito judicial instaurado pelo BNB visando à sua demissão por justa causa. O Banco alegou que o funcionário é “indisciplinado e que atentou contra a boa fama e a honra do empregador”. Wagner é crítico ferrenho do Plano de Cargos e Remuneração (PCR).
– Em fevereiro de 2008, a AFBNB recebeu novas reclamações direcionadas ao superintendente estadual do BNB no Ceará. Segundo os funcionários, o superintendente está trocando gerentes e retirando comissões sem critérios e sem nenhum diálogo. A Diretoria está apurando o caso.
Muitos outros casos de assédio moral no BNB poderiam ser citados. Para saber mais, acesse: www.afbnb.com.br/assedio_moral_noticias.asp

 

 

Última atualização: 30/11/-0001 às 00:00:00
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