A Direção do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) instaurou, em janeiro, um inquérito judicial visando à demissão por justa causa do funcionário Wagner Fernandes Jacinto, lotado na agência Quixera-mobim, no Ceará. Wagner é diretor da Associação dos Funcionários do BNB (AFBNB) e delegado sindical de sua unidade, por isto a demissão por justa causa é a única forma de desligá-lo dos quadros do Banco. Wagner ingressou no BNB em março de 2004 e, desde então, tomou para si a luta pelos direitos dos funcionários, incluindo a implantação de um Plano de Cargos e Remuneração (PCR) justo. O processo, no qual é réu, alega que o funcionário é indisciplinado e atentou contra a “honra e a boa fama do empregador”. A Diretoria da AFBNB repudia a medida tomada pelo Banco, uma vez que se caracteriza, notadamente, como perseguição política. É importante que o Banco não confunda críticas à política de cargos e salários com crítica ao Banco enquanto instituição, e nem à complexa questão do individual com representação coletiva. Dessa forma, a AFBNB conclama toda a categoria, entidades de classe e movimentos sociais a se solidarizarem com Wagner Fernandes, unindo-se à luta contra a demissão do diretor. Afinal, a perseguição de um representante do funcionalismo do BNB, no legítimo exercício de suas atividades, é perseguição a toda a família benebeana. |