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19/12/2007

Nossa Voz - 2007: Ano de muitos embates e conquistas

Infra-estrutura: base para o desenvolvimento da economia

Na publicação “Por um Nordeste Melhor - proposta de estratégias de desenvolvimento regional”, de autoria do Conselho Técnico da AFBNB, a infra-estrutura é apontada como uma estratégia que assume particular importância no Nordeste, como fonte de dinamismo econômico. Para tanto, o livro destaca projetos importantes como a duplicação da rodovia 101; a construção da Ferrovia Transnordestina; a modernização de portos e aeropostos; a complementação e integração da rede de gasodutos; a revitalização da bacia do rio São Francisco e de sua Hidrovia; a democratização dos recursos hídricos, e a ampliação e diversificação das fontes do sistema elétrico.

De acordo com Atenágoras Duarte, funcionário da CENOP-Recife, doutorando em economia e membro do Conselho Técnico da AFBNB, a infra-estrutura é importante por servir de base para todo o desenvolvimento da economia na região. “Cada dimensão da infra-estrutura tem o seu próprio destaque. A questão do sistema de transportes, por exemplo, se torna fundamental para ampliar o próprio mercado interno no Nordeste, no sentido de viabilizar espaços que hoje não são viáveis comercialmente”, explica Atenágoras.

Para o economista, a ampliação da malha ferroviária nordestina, visando atingir as regiões mais pobres, criaria as condições necessárias para que os produtores destas regiões vendam seus produtos para outras partes da região Nordeste e mesmo para o restante do país. “Por isso é imprescindível a retomada do sistema ferroviário por parte do setor público, exatamente para que ele possa planejar o desenvolvimento em termos de atendimento às necessidades de desenvolvimento do conjunto da Região, e não meramente viabilizar os espaços que hoje já são competitivos”, destaca.

O uso do sistema fluvial, hoje pouco aproveitado, também deve ser potencializado. “Em primeiro lugar destacamos a revitalização do rio São Francisco, mas outras alternativas devem ser estudadas. É fundamental que exista uma diversidade de mecanismos”, afirma Atenágoras. Ele ressalta que o documento dá mais destaque ao sistema ferroviário porque o custo inicial é bastante elevado, mas a manutenção é mais baixa. “Ele permite o transporte de mercadorias e pessoas em grande escala, com melhores condições de administrar o impacto ambiental”, aponta.
Já o sistema energético deve acompanhar o crescimento da economia. “A crise energética que tivemos em 2001 foi fruto de uma década ou mais sem investimentos significativos”, alerta o economista. Segundo ele, o Governo Federal tem falado em recorrer à energia nuclear, mas o país possui fontes alternativas viáveis, como a energia solar, eólica, das marés, de biomassa. “São fontes alternativas que nós podemos desenvolver. Essa diversidade é uma grande vantagem do país em relação à maioria dos países do mundo”, destaca Atenágoras.

O economista explica que a atração do investimento é conseqüência do dinamismo econômico do próprio espaço. “A chave da questão é que o setor público pode gerar esse dinamismo inicial; e, gerando esse dinamismo inicial, o setor privado vem por decorrência em busca das oportunidades que vão surgindo”, diz. No entanto, essa geração de dinamismo econômico interno deve se dar de forma mais homogênea em todos os espaços. “Do jeito que está pautado hoje, inclusive no PAC [Plano de Aceleração do Crescimento], o foco está na viabilização de espaços que já são competitivos comercialmente, especialmente aqueles exportadores. É importante que você dê infra-estrutura para esses espaços, porém o mais importante é viabilizar exatamente aqueles espaços que não são atendidos hoje por nenhuma fonte interna de dinamismo”, finaliza.

Última atualização: 30/11/-0001 às 00:00:00
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