O ano de 2007 foi marcado como um dos piores no respeito à valorização do funcionalismo. Após a aprovação de um PCR rebaixado, centenas de companheiros e companheiras sentiram na pele a redução salarial, a desvalorização das funções e a falta de perspectiva de carreira no BNB. Fruto de uma política neoliberal, a concepção da política de recursos humanos esteve voltada a uma prática de mercado, atendendo somente aos objetivos de reduções e cortes de gastos com pessoal. PLR, reajuste, abono, ponto eletrônico, plano de funções, CAPEF, agentes de desenvolvimento, técnicos de campo, isonomia... Muitos foram os assuntos tratados em inúmeras reuniões. Porém, de concreto, a categoria não recebeu nada, a não ser a esperança de ver uma solução marcada para a “próxima reunião”.
A AFBNB, apesar de toda essa conjuntura desfavorável, esteve à frente das lutas do funcionalismo em defesa de seus interesses, juntamente com todos os setores combativos que não se dobraram ao peso do governo federal, não deixando de lado a defesa da autonomia dos movimentos sociais. Isto, infelizmente, não foi objeto de preocupação de muitas direções sindicais, quando caracterizaram de “irresponsáveis” companheiros que haviam entrado em greve, a exemplo de Bahia e Sergipe. Em todos os fóruns, encontros e reuniões, a autonomia da AFBNB frente à direção do Banco e do governo foi uma das principais marcas. Nesse contexto levantamos a bandeira de um novo PCR, da isonomia, da valorização do funcionalismo, da denúncia de desmonte da Auditoria frente ao caso Frutan - inclusive com a defesa dos funcionários daquele Ambiente. Denunciamos as perseguições, as demissões sem justa causa, o assédio moral, a pressão irresponsável por metas. Cobramos a volta dos demitidos da era Byron, infelizmente agora esquecidos pela atual direção do BNB. Apesar de nossas poucas forças, temos a certeza de ter cumprido nossa missão com uma visão classista, de luta e independente.
Do ponto de vista institucional estivemos sempre na linha de frente em defesa do BNB como um instrumento voltado para desenvolvimento econômico e social do Nordeste. Várias foram as discussões, mobilizações, viagens, levando a necessidade de fortalecer o BNB como órgão indutor da redução de desigualdades sociais. O livro “por um Nordeste Melhor” foi apresentado em vários encontros, tornando-se um militante vivo na causa nordestina.
Em 2008 esperamos novamente cumprir nossa missão. Fortalecendo a união do funcionalismo, buscando conquistar direitos e fortalecer o BNB. Para isso contamos com dezenas de companheiros e companheiras eleitos na maior eleição de representantes da AFBNB dos últimos anos, contamos com milhares de colegas que no dia-a-dia sonham com a valorização profissional, com um BNB sério, popular, democrático e responsável pelo desenvolvimento que atenda às necessidades da nossa população trabalhadora.
Saudações com lutas!
Wagner Fernandes - diretor da AFBNB
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