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23/11/2007

Nossa Voz - O BNB e seus funcionários merecem respeito!

A estratégia do conhecimento

A publicação “Por um Nordeste Melhor - proposta de estratégias de desenvolvimento regional”, de autoria do Conselho Técnico da AFBNB, aponta diretrizes e linhas básicas de uma estratégia de desenvolvimento sustentável para a região, a partir de uma agenda de ações prioritárias. A partir desta edição do Nossa Voz, falaremos sobre cada uma das estratégias, a começar pelo conhecimento.

O livro aponta o conhecimento como eixo mais importante de qualquer processo de desenvolvimento no mundo moderno, envolvendo todo o complexo sistema que articula as relações entre educação, capaci-tação técnica, ciência, tecnologia e inovação. Para Adriano Sarquis, pesquisador do ETENE e membro do Conselho Técnico da AFBNB, tomando-se como referência as experiências mundiais bem sucedidas em termos de desenvolvimento, todas tiveram como pressuposto básico o investimento na educação de qualidade e, logicamente, essa é uma ação cujo eixo central se situa no âmbito do ensino básico de qualidade para formar o cidadão e, a partir daí, prepará-lo para exercer seus direitos e deveres de cidadão, bem como dotá-lo de atributos que lhes permitam competir no mercado de trabalho, com condições de assimilar as novas tecnologias.

De acordo com Sarquis, um outro elemento importante, do ponto de vista do conhecimento se situa no âmbito empresarial, onde a inovação tecnológica assume um papel importante porque permite às empresas competirem no mercado global, altamente competitivo. “Nesse contexto, o conhecimento é fundamental para a competitividade das empresas, considerando os novos parâmetros de concorrência, além de provocar um impacto no mercado de trabalho, uma vez que as empresas adotam uma postura bem mais seletiva na contratação de seu pessoal. Empresas que operam num entorno de centros de excelência se beneficiam bem mais dessa proximidade e adquirem melhores condições de serem incluídas no atual processo de acumulação capitalista.
Um dos maiores incentivos para o desenvolvimento, segundo Sarquis, é justamente a qualidade da mão-de-obra de uma localidade. “Mercado de trabalho que tem mão-de-obra mais qualificada tende naturalmente a atrair empresas que produzem produtos de maior valor agregado, com maior parcela de capital intangível que incorpora mais conhecimento na sua base de produção”, aponta.

Sarquis destaca que o perfil das exportações brasileiras concentra bastante as commodities - produtos do setor primário, como minério de ferro e grãos. Os investimentos em inovação tecnológica são ainda muito baixos no Brasil, basta ver que enquanto os Estados Unidos estão investindo cerca de US$ 28 bilhões nessa área, o orçamento dos fundos setoriais no Brasil se situam em torno de, apenas, R$ 10 bilhões. Apenas em nanotecnologia, que é uma das áreas da atual fronteira do conhecimento, o governo americano está destinando cerca de US$ 250 milhões de dólares. Isso sem falar dos gastos oriundos do setor privado. Os nossos empreendedores têm pouca vocação para investirem em pesquisa. “Daí decorre o atual perfil de nossa economia, com predomínio de produtos de baixo conteúdo tecnológico. Portanto, qualquer que seja a estratégia de desenvolvimento, deve-se enfatizar o investimento voltado para a geração do conhecimento, pois isso vai repercutir não apenas na melhoria de competitividade das empresas, mas, também, na própria qualidade de vida dos cidadãos”, completa Sarquis.

O documento “Por um Nordeste melhor” está disponível no endereço www.afbnb.com.br/publicacoes.asp

 

Última atualização: 30/11/-0001 às 00:00:00
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