A Diretoria da AFBNB tomou conhecimento de um possível processo de desmonte ou reestruturação do Ambiente de Auditoria do Banco Nordeste, no qual vários colegas, entre gestores e técnicos, estão sendo afastados das suas atividades na área. Superintendente, gerente de ambiente e gerentes executivos já foram afastados, estranhamente durante o processo de denúncias do caso FRUTAN, veiculado nas três últimas edições da revista Época.
As denúncias envolvem uma renegociação de dívida que teria beneficiado a empresa FRUTAN, com redução do montante que chegava a R$ 65 milhões para o valor de R$ 6,6 milhões. A referida operação teria sido efetuada pelo Diretor Administrativo do BNB, Vitor Samuel, ora afastado para investigações. Neste caso, o diretor não tinha a devida competência para realizar a operação de forma individual, em desacordo com os normativos do Banco.
Agora, sem qualquer explicação ou justificativa, o BNB está afastando técnicos do Ambiente de Auditoria, designando-os para outras áreas em caráter de adição ou meios afins. Tal atitude, arbitrária, representa um total desrespeito ao conhecimento, à competência e à dedicação ao trabalho que os técnicos desenvolvem, além de caracterizar uma inaceitável prática de assédio moral.
Diante do fato, a Diretoria da AFBNB não aceita o argumento de que os afastamentos são “mera coincidência”, uma vez que todo o grupo gestor da área – e agora também os técnicos – estão sendo afastados justamente no período de apuração do caso FRUTAN. Além disso, a Associação reitera que não aceita de forma alguma que colegas do Banco, que sempre dedicaram sua vida profissional à empresa, sejam responsa-bilizados ou penalizados por atos de pessoas estranhas ao corpo funcional, ao Banco do Nordeste e à causa nordestina.
Dessa forma, a AFBNB exige explicações da Direção do Banco do Nordeste sobre o processo, tanto do afastamento dos colegas em todos os níveis, como também das denúncias veiculadas na imprensa sobre o caso FRUTAN. Além disso, vai continuar acompanhando seus desdobramentos, tendo em vista que a entidade já encaminhou pedido de explicação a várias instâncias, a exemplo do Gabinete da Presidência do BNB (Gapre), Superintendência Estadual do Piauí (Super-PI) e Controladoria-Geral da União (CGU).
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