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25/10/2007

Nossa Voz - Mobilização permanente no BNB

Conselho Técnico discute fortalecimento do BNB

Em reunião realizada no último dia 10, na sede da AFBNB, os integrantes do Conselho Técnico da Associação debateram e propuseram soluções para o fortalecimento do BNB aliado com um maior desenvolvimento social e infra-estrutural nordestino. Foram pautados também eventos para dar amplitude às idéias contidas no livro “Por um Nordeste Melhor – proposta de estratégias de desenvolvimento regional”, de autoria do próprio Conselho. O próximo evento está agendado para novembro, na Assembléia Legislativa do Estado do Piauí.

Foram abordadas, ainda, as ameaças de incorporação do Banco do Nordeste ao Banco do Brasil. De acordo com os membros do Conselho Técnico, o BNB enfrenta “ameaças reais” de incorporação ao BB, o que representaria um grande retrocesso para toda a região Nordeste. Isto porque o Banco do Brasil já vem gerindo o Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO) e tem, entre seus planos, abocanhar uma maior fatia de participação econômico-lucrativa no Nordeste. “Desse modo, precisamos preparar toda a sociedade nordestina contra essa ameaça”, afirmou o presidente da AFBNB, José Frota de Medeiros.

Segundo Adriano Sarquis, consultor e pesquisador do ETENE, professor da Universidade de Fortaleza e doutor em economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), para medir forças contra esse avanço do BB é necessário que o BNB adquira mais apoio na Câmara e no Senado Federais. “A articulação política do BNB não pode se apoiar em apenas um ou dois deputados”, declarou Sarquis.

O funcionário da CENOP-Recife e doutorando em economia Atenágoras Duarte lançou em debate uma questão de significativa importância para a região. Para ele, faz-se necessária a intervenção da AFBNB, em aliança com o Banco e outros órgãos representativos nordestinos, para a retomada da concessão da ferrovia transnor-destina. “Ela precisa voltar a ser pública”, sentencia Atenágoras. Ainda segundo ele, a AFBNB, como órgão de atuação ativa na luta por melhorias para o Nordeste, precisa ir além da reestatização da transnordes-tina, propondo ainda, aos parlamentares, a extensão da malha ferroviária nas áreas mais pobres do Nordeste.

As denúncias envolvendo o diretor Victor Samuel, ora afastado de suas funções no BNB, sob a acusação de fechar operação para reduzir dívidas da empresa Frutan, do Piauí, também foram analisadas e debatidas pelo Conselho Técnico.  Para os membros do Conselho, é preciso uma investigação detalhada sobre o caso, e a AFBNB deve atuar decisivamente no acompanhamento da apuração dos fatos.

De uma maneira geral, os conselheiros técnicos da AFBNB pautaram questões emergen-ciais e de longo prazo que desenvolvam o Nordeste e ajudem a Região a superar as desigualdades que perduram até hoje. Portanto, devemos sempre visualizar um horizonte bem mais justo e sustentável à nossa região. E, para isso, necessita-se de uma maior participação ativa de toda a sociedade civil nordestina.

A AFBNB defende como imperativo que se exijam políticas públicas sociais de qualidade para o Nordeste e não apenas programas meramente assistencialistas, que em nada contribuem para o crescimento e desenvolvimento estru-turado da regiãO.

                                                     SAIBA MAIS

As últimas ameaças ao Banco do Nordeste vieram à tona através da entrevista concedida pelo  presidente do Banco do Brasil, Antônio Francisco Lima Neto, ao jornal Valor Econômico, no dia 21 de setembro. Na ocasião, ele afirmou que o BB estaria “de olho” na região Nordeste, por considerá-la com forte potencial de crescimento e ainda desprovida da devida atenção por parte dos agentes financeiros. Segundo ele, "falta banco público no Nordeste". O texto fala ainda que o BNB “tem uma atuação forte em alguns segmentos, como microcrédito orientado produtivo e projetos de desenvolvimento, mas sua atuação é limitada pela rede de agências relativamente pequena e pela capacidade restrita de alavancagem de fundos” e que o Banco do Brasil poderia ocupar essa lacuna.

A AFBNB acredita que o desconhecimento do presidente do BB e de parte da sociedade brasileira acerca do papel desempenhado pelo BNB na região pode ter gerado tais declarações. Afinal, a participação da Instituição nos financiamentos de longo prazo no Nordeste chega a 62,5%. Tal desinformação, infelizmente, acaba disseminando idéias favoráveis a incorporações de bancos como o BNB e o Banco da Amazônia (BASA) ao BB e de compartilhamento dos fundos constitucionais – FNE e FNO. Idéias que de modo algum beneficiariam os povos das duas regiões que mais sofrem com as desigualdades no nosso país.

Nesse sentido, a Diretoria da AFBNB vem encampando várias ações. Dentre elas está a discussão, junto a parlamentares, em Brasília, sobre formas de aumentar o capital social do Banco do Nordeste, ampliar a sua capilaridade e fortalecê-lo enquanto banco de desenvolvimento.

Última atualização: 30/11/-0001 às 00:00:00
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