Mais uma vez, o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) é o último a fechar o acordo coletivo de trabalho de seus funcionários. As sucessivas rodadas de negociação permeadas de indefinições causaram grande insatisfação ao funcionalismo, mas poucas bases reagiram à altura – a exemplo da Bahia e de Sergipe. Outras buscaram se unir ao movimento, como Rio Grande do Norte, Espírito Santo e Paraíba, que também tiveram unidades paralisadas. O Banco apostou na falta de mobilização e o resultado foi uma proposta rebaixada, aprovada por maioria nas assembléias do Ceará, Pernambuco, Bahia, Paraíba, Rio Grande do Norte, Alagoas e Piauí. Somente Sergipe e Maranhão rejeitaram a proposta.
Assim como no ano passado, a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) não foi garantida em sua integralidade, esbarrando em limites injusti-ficáveis, já que o corpo funcional é o grande responsável pelos resultados do Banco. Demandas consideradas fundamentais pelo funcionalismo - como o retorno da licença-prêmio através de benefícios alternativos (cláusulas 1ª, 3ª e 5ª) e a revisão do PCR (cláusula 41ª) foram remetidas para uma mesa permanente de negociação.
Mas a luta não pára por aqui. Para conquistar os avanços almejados, os funcionários do BNB têm que demonstrar que a sua mobilização é que é permanente. E isso só será possível com engajamento nas discussões, questionamento dos delegados sindicais quanto à atuação dos sindicatos, cobrança dos compromissos assumidos pelo Banco e disposição de luta. Somente assim seremos os autores de um novo capítulo na história no BNB.
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