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27/07/2007

Nossa Voz - O BNB para um Nordeste melhor

Editorial

Um outro Nordeste

Quando o BNB foi criado, nos anos 50, o Brasil se encontrava em um período singular de sua história, de crescimento acelerado e valorização da questão regional, sobretudo pelo respeito às idéias de intelectuais como Celso Furtado.

Naquela década, marcada por grandes secas – em 1952 e 1958 – foi criada também a Sudene com o objetivo de coordenar as ações do Governo Federal para o desenvolvimento do Nordeste, em uma perspectiva que ia além do equivocado “combate à seca”, compreensão que vigorava à época, em contraposição à idéia de convivência com o semi-árido.

Apesar de tudo, naquele momento se pensava um projeto para o país. As instituições de desenvolvimento eram referenciais no campo técnico, científico, político. Tais órgãos – BNB, Sudene, Chesf, DNOCS – “emprestavam” os profissionais de seus quadros a gestões municipais, estaduais e federal. A capacitação técnica, a clareza da posição que esses organismos desempenhavam para o Brasil e para a região eram fatores que faziam a diferença.

O tempo, no entanto, ao invés de solidificar tais órgãos, os enfraqueceu, porque junto com o passar dos anos vieram mudanças de governos, esfacelamento da política de desenvolvimento nacional e regional, as práticas neoliberais ganharam força e isso trouxe o sucateamento das instituições públicas de desenvolvimento.

Os mais pessimistas podem pensar que não adianta fazer mais nada. Mas nós sabemos que há um caminho a ser percorrido para que o BNB e os demais órgãos resgatem seu papel. E que a estrada é longa e árdua, mas possível de ser trilhada. A AFBNB tem procurado fazer sua parte, nas ações do dia-a-dia, ao tornar público o perfil de gestores que defende para o BNB, ao articular, junto a parlamentares e sociedade civil organizada, uma pauta política que contemple as questões regionais, ao defender os intresses do corpo funcional.

Afinal, um tratamento especial - com respeito à dignidade das pessoas, às condições de trabalho, às relações interpessoais, a salários dignos e justos - deve ser dispensado ao corpo funcional do BNB, condição fundamental para o Banco continuar detendo a força que tem como instrumento para o desenvolvimento da região.

Esta edição do NOSSA VOZ apresenta uma série de opiniões relacionadas ao tema da 32a Reunião do Conselho de Representantes da AFBNB, que é “O BNB para um Nordeste Melhor”. O evento, que ocorrerá em Salvador (BA) nos dias 24 e 25 de agosto, é mais um momento para discutirmos, refletirmos e organizarmos nossa ação para alcançarmos um outro Nordeste, onde caibam dignamente todos os seus habitantes e todos os seus sonhos.

Última atualização: 30/11/-0001 às 00:00:00
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