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27/07/2007

Nossa Voz - O BNB para um Nordeste melhor

O BNB para um Nordeste melhor

A discussão sobre a identidade institucional do BNB não é nova, mas vem sendo estimulada na medida em que a região vai avançando no seu processo de desenvolvimento, criando novas institucionalidades que terminam por se refletir na própria atuação dos agentes governamentais. É importante nos mantermos conscientes quanto a essas mudanças, mas, também, precisamos ter plena convicção quanto à importância e necessidade da existência do BNB nos tempos atuais, desde que tenha uma estratégia de atuação pautada nessas novas exigências da sociedade.

Legitimar essas novas funções perante a sociedade é o grande desafio com que se defrontam os funcionários do Banco. Mas para atingir esse objetivo maior, temos primeiramente que introduzir grandes consensos internos sobre as principais linhas de atuação do Banco. Temos que fazer escolhas e isso vai nos exigir um posicionamento claro sobre o que queremos de nossa Instituição: um Banco, com estratégia operacional semelhante à de outras instituições financeiras, mesmo públicas, ou um Banco verdadeiramente de desenvolvimento, que priorize ações diferenciadas do mercado, principalmente aquelas voltadas para o desenvolvimento. Sabemos que são complementares, mas uma deve se sobrepor à outra.

Um pressuposto básico para iniciarmos a discussão é o entendimento quanto ao papel do Estado, o qual julgamos de fundamental importância para o desenvolvimento da região. A partir daí, temos que ter a percepção quanto à natureza multi-dimensional do desenvolvimento. Com isso, temos dois elementos que já nos inspiram sobre o rumo que o Banco deve seguir: primeiro, dada a necessidade de um agente público atuando no desenvolvimento da região, a existência de um Banco regional é inquestionável, e qualquer iniciativa contrária não deve ter sustentabilidade na sociedade; o outro elemento está relacionado com os vários aspectos do desenvolvimento, que logicamente incita ações do BNB que vão muito além do crédito. Aliás, o crédito é um instrumento necessário para o desenvolvimento, mas não suficiente. Daí porque devemos refletir se é correta ou não essa ênfase atual na provisão de crédito para atender às demandas do setor produtivo regional. Isso reduz bastante a forma de enxergar o desenvolvimento, que passa a ser visto apenas sob o viés produtivista.

Estabelecidos esses consensos preliminares, podemos definir que o objetivo básico da existência do BNB é contribuir para o desenvolvimento sustentável da região Nordeste. Essa é a sua principal missão, a qual não se restringe apenas a prover crédito aos agentes produtivos, mas envolve, ainda, ações estratégicas nas áreas social, ambiental, científico-tecnológica e de infra-estrutura, dentro de uma perspectiva maior de assegurar as condições básicas para a melhoria das condições de vida da população nordestina.

O pressuposto básico que fundamenta toda essa estratégia de atuação na Região está relacionado com a criação de um ambiente favorável à existência de atividades econômicas competitivas, onde os fatores locacionais como infra-estrutura econômica e social adequada e mão-de-obra qualificada, constituem os elementos chaves para a promoção do desenvolvimento. É com esse direcionamento que o Banco deve trabalhar ostensivamente para eliminar os entraves à melhoria de produtividade regional, adotando políticas que privilegiem ações voltadas para a reestruturação da base produtiva, capacitação profissional, desenvolvimento científico e tecnológico, ampliação e consolidação da infra-estrutura, suporte hídrico e conservação ambiental, os quais constituem os eixos estratégicos de transformação competitiva da economia regional.

Por outro lado, para romper a tendência de fragmentação, que se afigura perversa para a região, o Banco deve adotar metodologias inovadoras de intervenção no espaço regional, dentro de uma moderna concepção de atuação seletiva para o maior aproveitamento das potencialidades regionais. Isso vai exigir do Banco a formulação de uma política de desenvolvimento regional, fundamentada  na identificação dos segmentos dinâmicos  da economia, capazes de responder favoravelmente aos estímulos das políticas de desenvolvimento, bem como de irradiar mais fortemente os frutos de seu dinamismo aos demais setores da economia.

Uma das formas mais eficientes de intervenção poderia se dar através da estratégia de desenvolvimento local, onde as ações seriam implementadas a partir do respeito a cultura local, visando o desenvolvimento através do aproveitamento do potencial de recursos endógenos existentes na própria comunidade. Para tanto, faz-se necessário a criação de arenas de cooperação, que seriam os espaços privilegiados para discussão e encaminhamento de ações de desenvolvimento da comunidade. Certamente, o Farol do Desenvolvimento, reformulado dentro de uma nova concepção, seria um valioso instrumento de articulação das políticas e criação de sinergias entre as diversas instituições.

Certamente, os desafios com que se defronta a região Nordeste vão exigir um BNB bem mais fortalecido e atuante. Mas para atender todas as demandas de sua esfera de ação, torna-se necessária a ampliação dos recursos disponíveis, o que é bem mais justificado quando sabemos que a região Nordeste tem uma baixa participação na distribuição dos recursos orçamentários federais. Nosso esforço, portanto, passa pela conscientização de nossos representantes políticos quanto à necessidade de ampliação do funding de recursos disponíveis no BNB para financiar as ações de desenvolvimento.

Enfim, achamos que todos os funcionários devem se envolver nesse processo de discussão que a AFBNB inicia a partir da colocação desses elementos para reflexão de todos os funcionários. No final, pretendemos ter uma clara percepção do Banco que queremos pois isso vai nos propiciar a segurança necessária para levantarmos a bandeira da defesa de nossa Instituição, perante a sociedade e os vários segmentos políticos.

A Diretoria da AFBNB

Última atualização: 30/11/-0001 às 00:00:00
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