O prestígio do BNB
Mauro Benevides - Jornalista e Deputado Federal – PMDB/CE
Quando Rômulo de Almeida, então assessor econômico do Presidente Getúlio Vargas, concebeu, em 1952, a criação de um organismo capaz de colaborar para a correção das disparidades regionais, surgia a idéia do Banco do Nordeste, instalado, dois anos depois, como instrumento destinado a contribuir para o equilíbrio federativo.
Em 53 anos de existência, o nosso tradicional estabelecimento de crédito vem cumprindo os seus encargos institucionais, sem jamais descaracterizar-se de suas funções primordiais, que notabilizaram o profícuo desempenho de seus dirigentes e dedicados servidores.
Tendo dirigido o BNB em 85-86, busquei subsídios para, durante a Assembléia Constituinte, assegurar-lhe recursos mais ponderáveis, capazes de ampliar a sua ação como banco comercial e de fomento, no modelo genial do ilustre baiano, já desaparecido.
Na elaboração da Carta de 5 de outubro de 1988, articulei-me com outros parlamentares, entre os quais Firmo de Castro, a fim de assegurar a aprovação de Emenda – hoje integrante da Constituição (artigo 159) –, cuja aplicação há sido providencial para a aceleração de nosso desenvolvimento econômico e bem-estar social.
Presentemente, o FNE, favorecendo a indústria, a agricultura e o comércio, transformou-se em algo de transcendência inquestionável, que ninguém derrogará, enquanto mobilizadas estiverem as nossas lideranças políticas.
Como Senador, consegui erigir o BNB à condição de membro do Conselho Monetário Nacional, consignando-lhe direito a voz e voto naquele importante Colegiado, hoje reduzido em sua composição, contra a vontade dos segmentos interessados no acompanhamento direto de nossa conjuntura econômico-financeira.
A preservação do nosso Banco e dos mecanismos de que dispõe representará esforço permanente, despendido para favorecer a nossa faixa territorial.
Com um pernambucano à testa dos destinos nacionais, jamais se admitirá qualquer modificação que obstaculize a ação proficiente do BNB. Esse é o compromisso reiterado que torno explícito, quando me acho investido no 10º mandato eletivo, após haver exercido outras tarefas relevantes no cenário nacional.
A bancada nordestina, muito bem articulada, jamais permitiria que interferências descabidas afetassem o nosso anseio desenvolvimentista, de que é parâmetro inconfundível a nossa organização creditícia.
Os benebeanos precisam manter viva a chama da defesa ininterrupta de uma conquista que se transformou em peça insubstituível para a nossa redenção.
Enquanto tiver condições de opinar sobre tão palpitante temática, haverei de fazê-lo com determinação e coerência, para capitalizar o respeito que penso ter granjeado por parte dos meus coestaduanos.
O Banco do Nordeste é autêntico símbolo de uma porfia incessante, em torno da qual nos manteremos aglutinados, sem dispersão ou tibieza.
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