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25/04/2007

Nossa Voz - Especial 31ª Reunião do Conselho de Representantes

Representantes repudiam veto a diretor da AFBNB

O funcionalismo acompanhou de perto um fato inédito na mesa de negociação, ocorrido no dia 7 de março: a reunião entre a Comissão Nacional dos Funcionários do BNB (CNFBNB/Contraf-CUT) e o Banco fora suspensa. O motivo alegado foi a presença de um dos representantes dos funcionários, não aceito pelo Banco. As entidades não admitiram a interferência indevida e o Banco optou por suspender a negociação. O diálogo só foi retomado na rodada do dia 28 de março. 

O dirigente em questão é Wagner Fernandes Jacinto, membro da Diretoria da AFBNB, que tomou para si a luta pelos direitos dos novos funcionários, incluindo a busca por melhorias no PCR. A questão foi abordada na 31ª RCR da AFBNB, que aprovou uma moção de repúdio ao Banco, a qual disponibilizamos a seguir:

Não é sensata a atitude da alta administração do BNB, de fingir que não vê os graves problemas dos rendimentos dos funcionários do BNB que são provas “experimentais” do tratamento reservado a seus trabalhadores. Trata-se de um termômetro social.

O ponto de fulcro da revolta dos nossos companheiros tem o nome de PCR ou mais genericamente a política de rendimentos (salários mais comissionamentos) da direção do Banco. Atualmente, a qualquer justo sinal de insatisfação, é considerado ataque frontal ao Banco, confundindo visão crítica de gestões com ataques à própria instituição.

Assim, estes senhores perdem uma excelente ocasião de discutir os fundamentos de fenômenos que, na história do Banco, não se produzem com freqüência: insatisfações, estresses, más condições de trabalho, métodos de gestão por injúria, ou seja, o tratamento ao trabalhador com pressão terrível, violência com insultos e até falta de respeito e, para piorar, os baixos salários.

Devemos regozijar-nos pela abundância dos artigos, análises, avaliações, sobre os resultados operacionais do BNB, no último quadriênio, porque são índices de maior reputação de nossa instituição, face à sociedade brasileira. Porque é infinitamente louvável, de nossa parte, idealizar um Banco eficiente, democrático e social do que idealiza-lo “modernizador”, “paradigmático”, de gestão antidemocrática.

Sobre o viés antidemocrático, voltemos as nossas colocações iniciais. A direção do Banco, no último dia 7 de março, frustrou uma rodada de negociação por recusar-se a reconhecer um diretor da AFBNB, legítimo representante do conjunto dos funcionários, tratou-se de um ato equivocado e antidemocrático, autoritário porque, primeiro, confundiu ardilosamente críticas à política de cargos e salários com crítica ao Banco enquanto instituição; segundo, o mais grave, confundiu a “complexa” questão do individual com representação coletiva, tanto patronal (Banco) quanto do trabalhador (AFBNB) e, por último, igualmente perigoso à democracia que é o não-reconhecimento do diverso, que é o lado positivo do conflito, e o ter que, por obrigação do serviço, sempre dar razão aos “infalíveis” superiores hierárquicos.

Esta lógica maniqueísta lembra-nos os terríveis anos de chumbo que vivemos quando quiseram nos impor o fetiche da autoridade absoluta, da aversão às críticas, do horror às entidades representativas dos trabalhadores, intocável, com uma arma das mais temíveis de todas: o grande punhal nos dentes. Com efeito, no processo de luta, de repente, nossos representantes recebem o rótulo de inimigos do Banco, de agitadores, de colaboração com os “Byronistas” etc, procurando reduzi-los ao silêncio.

Mas os fatos sempre realizam sua obra. Esta atitude, longe de resolver os problemas financeiros dos nossos companheiros, põem a nu uma equivocada política salarial, de forte cunho neoliberal.
Por tudo isto, manifestamos nosso repúdio à atitude de veto da Direção do Banco a nosso representante. Quanto a nós, continuamos nossa marcha, enfileirados, com pretensões mais elevadas, ao lado daqueles que lutam por um Nordeste melhor e por um Brasil que comece a estabelecer entre os brasileiros relações mais límpidas, mais livres, mais dignas, mais igualitárias e mais democráticas. Nada nos deterá!

Natal, 23 e 24 de março de 2007 - Conselho de Representantes da AFBNB

Última atualização: 30/11/-0001 às 00:00:00
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