Fortalecimento da ação institucional da AFBNB, comprometimento com a exigência de uma gestão profissional e democrática no BNB, aprimoramento e ampliação da ação da entidade e atualização de seu Estatuto Social. Estas foram as principais propostas de trabalho assumidas pela atual gestão da AFBNB, que encerra seu mandato em dezembro próximo.
Com isso, fecha-se mais um ciclo de lutas intensas, com destaque para a articulação em torno do projeto de recriação da Sudene, que resultou no seu aperfeiçoamento, fortalecendo o papel do BNB, bem como de outras instituições de desenvolvimento regional. Além disso, a insistência da AFBNB em um Plano de Cargos que contemplasse um patamar decente de remuneração e valorização do corpo funcional do BNB, que contribuiu para a conscientização do funcionalismo para a busca de melhorias.
Outra iniciativa de grande relevância foi a reativação do Conselho Técnico da entidade, que trabalhou em torno da construção do documento “Por um Nordeste Melhor: Propostas de estratégias para o desenvolvimento regional”, que será entregue ao presidente eleito, Luís Inácio Lula da Silva. O documento contou com a contribuição de vários setores da sociedade, através do Ciclo de Debates por um Nordeste Melhor, realizado de maio a setembro deste ano.
No biênio 2005-2006, a AFBNB defendeu a imagem do BNB e de seus funcionários diante da crise política nacional; realizou relevantes debates nas reuniões do Conselho de Representantes; participou de reuniões periódicas com as direções da Capef e da Camed, a fim de acompanhar suas principais questões; aproximou-se dos movimentos sociais, apoiando o Grito dos Excluídos, o Natal sem Fome e o Movimento dos Conselhos Populares, dentre outros; deu continuidade ao apoio à luta pela reintegração dos demitidos na gestão passada, somando-se à causa dos dois colegas desligados sem justa causa em Pernambuco, este ano, pela atual gestão do Banco; e manteve, nas mesas de negociação, defesa pemanente nos avanços das conquistas trabalhistas. A intensificação das visitas regionais, aproximando ainda mais a AFBNB de sua base de atuação, foi outro ponto positivo desta gestão. Para o diretor Alberto Ubirajara, que realizou este ano visitas às unidades do Banco em Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Sergipe, as visitas regionais são de grande importância porque respondem a uma demanda dos próprios funcionários – que cobravam essa presença direta da AFBNB nas agências – e possibilitam à entidade conhecer de perto as dificuldades para melhor enfrentá-las. “Nós detectamos os problemas e os encaminhamos à direção do Banco, buscando solucioná-los”, afirma Ubirajara.
A atuação da AFBNB junto aos sindicatos também é importante, já que a Associação congrega todos os funcionários do Banco. Na avaliação do diretor Waldenir Britto, a AFBNB tem cumprido um papel importante junto à Comissão Nacional, de levar informação, levantar questionamentos e buscar aproximar os bancários de suas atividades sindicais. Mas ele também acredita que a Associação pode ir além e identificar formas alternativas de contribuir ainda mais com a sua missão. “Isso é fundamental para que a AFBNB mantenha sua independência, consiga fazer o seu papel de defesa do Banco, de defesa da Região e dos funcionários – e é esse item de defesa dos funcionários que justifica nossa aproximação dos sindicatos, ajudando-os a construírem um movimento forte no BNB”, disse.
Pela sua atuação, a AFBNB vem conquistando um aumento progressivo da confiança da categoria na entidade – o que aumenta a sua responsabilidade. São 20 anos de luta ininterrupta pela criação de um projeto de país que supere décadas de estagnação. Por isso, a AFBNB vai intensificar sua ação institucional e articulação política em torno da implementação das estratégias apontadas no documento “Por um Nordeste Melhor”, produzido pelo Conselho Técnico. Com isso, a entidade visa influenciar na formulação de um projeto de Nação que englobe políticas de desenvolvimento regional, a fim de que o país não continue à mercê de avanços e recuos da economia brasileira, sem resolver, de fato, nossas questões de atraso social e regional. |