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15/08/2006

Nossa Voz - A Economia Política como ferramenta para pensar e apoiar o desenvolvimento do Nordeste

O PCR e a (in)coerência

A AFBNB, ao longo de sua história, vem cumprindo o seu papel de forma coerente no que se refere à defesa dos funcionários do BNB e do papel institucional do Banco do Nordeste do Brasil. Foi por este motivo que defendeu com toda a convicção e propriedade as melhorias necessárias ao novo Plano de Cargos e Remuneração, por conta de sua responsabilidade de pensar o presente e o futuro da Instituição.

No entanto, apesar dos atos, manifestos, notas e reuniões da AFBNB com o funcionalismo, nos últimos meses, o PCR foi aprovado em julho último, através das assembléias. E, enquanto entidade representativa dos funcionários, não podemos nos furtar de lembrar o contexto em que tudo aconteceu: sob uma estratégia muito bem orquestrada pela direção do Banco; após quase três anos de espera exaustiva dos funcionários, que já duvidavam de sua implementação; funcionando como moeda de troca em alguns Estados, cujos sindicatos negociavam o passivo trabalhista das Promoções; com funcionários sob ameaça de perder as comissões se não aderissem ao novo Plano; sob o argumento oportunista de que a não implementação do PCR acarretaria, principalmente aos novos funcionários, permanecer no limbo da falta de encarreiramento; com a permanência do Plano de Funções de Byron Queiroz, veementemente condenado e criticado pela atual gestão.

A Associação não quer aqui discutir o resultado das assembléias. Elas foram realizadas e o resultado foi favorável ao “sim”, apesar do “não” ter sido referendado em cidades bastante representativas, como Recife e Salvador e no estado do Maranhão, além do empate em Aracaju. O que criticamos é o fato da mesma proposta de PCR ter sido levada às assembléias em junho de 2005, sendo amplamente rejeitada, e o Banco ter desconsiderado aquele resultado. Nenhuma mudança apontada na época foi feita. Ou seja, o PCR continua com as mesmas contradições, assemelhando-se a um Plano construído para um banco de mercado e não para um banco de desenvolvimento.    

E agora, o que acontece? Os sindicatos que aprovaram o PCR orientam a assiná-lo; os que o rejeitaram mais uma vez, orientam sua base a não assiná-lo ou deixam que o funcionário decida. E a posição da AFBNB, diante do novo contexto, é de resguardar, de forma compartilhada com os sindicatos e a Comissão Nacional, o legítimo direito dos funcionários que não quiserem aderir ao PCR. Nesse sentido, não aceitaremos qualquer tipo de pressão ou coação moral. Entendemos que, por se tratar de uma decisão em que se sobrepõe a postura individual, todos devem respeitar o direito de cada funcionário dizer não ao PCR. Por outro lado, a AFBNB, participando da CNFBNB e atuando fortemente junto aos Sindicatos e ao BNB, vai acompanhar o processo de implementação do Plano e insistir na busca por melhorias que consideramos fundamentais. 

O BNB acaba de divulgar um lucro de R$ 76 milhões no primeiro semestre de 2006, um crescimento de 991,42% em relação a igual período do ano passado.  O resultado, logicamente, é fruto do trabalho e empenho do funcionalismo. Esse crescimento recorde – que representa para a direção do Banco capacidade operacional e competência na execução dos processos – deve ser emblemático para levantar a moral e auto-estima dos funcionários do BNB. Não podemos permanecer desmobilizados e desacreditados da luta. É preciso persistir na busca pela valorização de todo o quadro funcional do BNB e do fortalecimento desta Instituição. Essa é a nossa missão; não desistiremos dela.

Última atualização: 30/11/-0001 às 00:00:00
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