Waldenir S. F. Britto Diretor da AFBNB
Os colegas do BNB que possuem mais de quatro anos de casa recordam tristemente do período passado, quando uma diretoria quase acabou com o Banco do Nordeste do Brasil. Pode parecer estranho para os mais novos entender isso: como quase acabou com o BNB?
Um Banco importante, que cumpre um papel fundamental de desenvolvimento regional, ser destruído por uma diretoria que teoricamente estaria ali para dirigi-lo? Pois é, mas foi o que quase aconteceu. Se não tivéssemos elegido Lula como Presidente do Brasil, certamente não mais existiria o BNB hoje! Tenho certeza de que muitos concordam comigo neste ponto de vista.
A gestão passada fez de tudo para acabar com o Banco: transferiu colegas, tirou comissões, demitiu sem justa causa, ameaçou, fez represálias, usou e abusou de tiranos no poder, realizou aplicações equivocadas, expulsou clientes, inventou cargos e comissões, favoreceu “amigos”, criou um clima infernal dentro das unidades - onde o medo era sentido no ar, enfim, provocou até mortes de colegas aposentados. E vale lembrar que o discurso que baseava tais fatos era o de fortalecer o BNB, faze-lo crescer, moderniza-lo, torna-lo competitivo, paladino de novos paradigmas. Imagine!
Lembro-me até do primeiro encontro que tivemos, após a nossa vitória sobre esse grupo, apareceu uma sugestão de criar algo parecido com o “Museu do Holocausto” do BNB, para que esta e as novas gerações do Banco não deixassem mais tais absurdos voltassem a acontecer por aqui.
Pois é, colegas, mas por que relembro tudo isso agora? Porque muitos dos FATOS citados acima voltam a aparecer no BNB, promovidos pela atual diretoria. Uma diretoria que deveria estar promovendo mudanças positivas, respeitando o corpo funcional e seus representantes, respeitando os nossos direitos. Vejamos alguns:
- Ameaças aos comissionados, por fazerem greve; - Tentativa de implantar um PCR que não serve para o fortalecimento do Banco; - Preenchimento de vagas comissionadas sem a devida concorrência; - Perdas de comissões de funcionários que discordam da posição da atual diretoria e ameaça de perda de comissão para funcionários que não “aprovarem” o “novo” PCR; - E a mais grave de todas: demissões sem justa causa.
Não podemos aceitar que tais fatos voltem a acontecer no BNB. Começaram aos poucos. Coisas isoladas. Agora, atacam nossos direitos diretamente. Vamos deixar chegar onde chegou a diretoria passada?
Precisamos reagir e exigir uma postura mais democrática desta diretoria. Vamos nos preparar para enfrentar mais esta grande batalha que temos pela frente. Lembre-se que somos nós – os funcionários – os responsáveis pelo crescimento e fortalecimento deste Banco! Somos do quadro permanente do Banco; exijamos da diretoria de plantão atos regidos por valores democráticos. Urge corrigir este viés de tentação totalitária. Não estamos dispostos a dizer amém, prontos a desmentir amanhã, por qualquer pretexto, aquilo que defendíamos até hoje.
Será que não aprendemos nada com o passado? |