Faleceu, no dia 24 de janeiro, o folclorista, poeta, contista e ensaísta Ribamar Lopes. Ribamar era maranhense da cidade de Pedreiras, onde nasceu no dia 8 de novembro de 1932. Radicado no Ceará há muitos anos, tinha direcionado sua atividade literária para o estudo, a pesquisa e o ensaio sobre a Literatura de Cordel.
Publicou os livros: Literatura de Cordel (antologia); Quinze Casos Contados (contos); Viola da saudade (poesia); Sete Temas de Cordel (ensaio) e Cordel Mito e Utopia.
Lopes era um dos poucos pesquisadores da Literatura de Cordel que entendia verdadeiramente de poesia. Sua obra não mostra o cordel apenas como algo bizarro ou curiosidade para gringo ver. Seu refinado senso de análise e conhecimento da poética nordestina o fez garimpar ao longo dos anos o carinho e o respeito dos poetas populares.
Foi uma grande perda para cultura e as letras do Ceará, muitos poetas estão se sentindo órfãos, pois Ribamar Lopes representava a figura de um pai para os cordelistas da nova geração. Em 2004, a Tupynanquim Editora lhe prestou uma singela homenagem no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura.
Ribamar, onde quer que esteja, será lembrado para sempre por seus familiares e amigos, pois ninguém morre enquanto está vivo no coração de alguém.
“Nossa vida aqui na Terra É um frágil sopro divino Buscar um elo com Deus Este é o nosso destino E por ser quase um profeta, Assim se sente um poeta, Quando compõe algum hino.”
Antônio Klévisson Viana |