O associativismo não é prática nova na sociedade brasileira, mas sem dúvida ganhou novo fôlego a partir da década de oitenta, quando o país retoma o período democrático. De acordo com estudo divulgado em 2002, realizado pelo IBGE e IPEA, em parceria com a Associação Brasileira de Organizações não-governamentais (ABONG) e com o Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE), o Brasil possui cerca de 16 mil associações profissionais. Destas, mais de 80% foram fundadas a partir da década de 80, entre elas a Associação dos Funcionários do BNB, fundada em 1986.
Associações são entidades de direito privado, com personalidade jurídica e que se caracterizam pelo agrupamento de pessoas para a realização e consecução de objetivos e ideais comuns, sem finalidade lucrativa. No caso da AFBNB, hoje com 4.408 associados, entre ativos e aposentados, os interesses defendidos são os dos funcionários do Banco do Nordeste, mantendo-se como canal e veículo de reivindicações entre o corpo funcional e a direção do BNB, além da permanente defesa e preservação dos interesses do Banco, nas suas características de instituição voltada para a promoção do desenvolvimento sustentável na Região Nordeste.
Como qualquer entidade, as associações precisam permanentemente reavaliar suas ações e enfrentam um importante desafio: ser capaz de superar suas insuficiências diante da rápida evolução tecnológica e do aumento de exigência de qualidade por parte dos associados. E é nesse sentido que a AFBNB está revisando seu Estatuto, para fazer as adequações necessárias. Quando concluída esta etapa, a nova proposta de Estatuto será submetida aos associados e à assembléia geral.
Passados 20 anos de sua fundação, a AFBNB já se renovou diversas vezes e conseguiu superar grandes dificuldades, como oc orte da contribuição em folha, e vencer grandes lutas, como a inclusão do FNE na Constituição de 88, contando sempre com o apoio de entidades parceiras como a AABNB e os Sindicatos.
Mas hoje, como o associado vê a AFBNB? Qual sua importância para os funcionários e em que pontos ainda comete falhas? Para responder a estas perguntas, entramos em contato com alguns funcionários.
Os funcionários destacaram que o retorno às suas demandas poderia ser mais rápido. “O que precisa melhorar é quanto ao retorno de alguns questionamentos feitos pelos funcionários, que ficam em dúvida se é pelo fato da Associação ter interpretado como uma observação, não havendo necessidade de respondê-los, ou por desconhecimento”. (Laércio Cabral, Feira de Santana – BA)
Quando questionados sobre o papel da AFBNB, os funcionários ouvidos foram unânimes quanto à importância na defesa dos interesses dos benebeanos. “A AFBNB representa nossa categoria em todas as instâncias de decisão, de forma lícita e de natureza estatuída. Desde sua criação tem procurado com lisura e compromisso social, defender nosso interesses. Mesmo nos momentos mais difíceis de sua missão institucional, quando enfrentou fortes represálias, jamais sucumbiu, e hoje mostra-se como uma associação que tem objetivos definidos e seu foco no funcionário” (opinião de Francisco Wilson Raulino, Sobral - CE).
“A AFBNB é respeitada pela independência editorial, por seu posicionamento crítico diante dos assuntos que atingem o Banco dentro e fora, e, como tal, tem se mostrado de capital importância para os funcionários, justificando assim o seu papel, vez que defende os interesses dos seus associados. Além disso, procura manter uma imagem favorável da instituição e de sua missão desenvolvimentista”. (Edilberto Dias Ribeiro, Santa Cruz - RN). |