As principais ações realizadas pela AFBNB nos últimos meses e a necessidade de mudanças no Estatuto da entidade foram os principais pontos abordados no segundo painel da 28a RCR, cujo tema foi "AFBNB: Balanço Político, Estatuto e Análise da Crise Política". Neste momento, compuseram a mesa quatro membros da Diretoria da Associação.
O diretor Alci Lacerda iniciou a explanação apresentando o Balanço Político da AFBNB, documento disponibilizado com antecedência no site da entidade. Ele ressaltou que as ações realizadas dizem respeito ao que foi discutido e aprovado pelo Conselho de Representantes, além do Planejamento Participativo e das reuniões da Diretoria da AFBNB. "O Balanço reflete os avanços obtidos até agora, mas também a necessidade de fazer o planejamento acontecer", afirmou o diretor, que pontuou algumas das ações realizadas. Dentre elas, a entrega de documento ao presidente do Banco acerca das questões institucionais aprovadas na 27a RCR da AFBNB; recriação do Conselho Técnico, bastante avançado em termos de concepção; projeto em andamento sobre a atuação dos Agentes de Desenvolvimento; intensificação das visitas às unidades e filiações; e defesa institucional do BNB diante da crise política.
Em seguida, o diretor Antônio Adons fez uma breve explicação sobre o documento que trata de mudanças no Estatuto da AFBNB, com o objetivo de adequá-lo ao novo Código Civil e implementar outras melhorias. Neste processo, os associados deverão fazer sugestões. Para aprovar o novo Estatuto, é preciso que a ampla maioria dos associados participe da assembléia geral a ser convocada até o final do ano.
O segundo dia do evento foi reservado para a discussões referentes a "Questões Funcionais, Campanha Salarial e Crise Política" – tema do terceiro painel do evento. Como palestrantes, compuseram a mesa a presidenta do Sindicato dos Bancários do Piauí, Francisca de Assis Araújo Silva; a superintendente de Desenvolvimento Humano do BNB, Zilana Melo Ribeiro; o coordenador da Comissão Nacional dos Funcionários do BNB (CNFBNB), Tomaz de Aquino; e o representante da Confederação Nacional dos Bancários (CNB-CUT) na CNFBNB, Marcos Vandaí.
A presidenta do SEEB-PI falou sobre as perdas salariais da categoria bancária ao longo dos anos, ocasião em que aproveitou para condenar a prática de substituição de reajuste salarial por abono. Em relação à crise política, De Assis falou sobre a necessidade de se trabalhar para preservar o projeto político que o movimento sindical ajudou a eleger, sem deixar, é claro, de se exigir que sejam punidos aqueles que apresentaram desvios de conduta. No entanto, por causa das forças econômicas que dominam o país, não se deve descartar a necessidade de utilização do maior instrumento de pressão dos trabalhadores: a greve. "Nesse sentido, é importante o cumprimento de tudo o que for deliberado em assembléia, para que, se necessário for, realizemos uma greve com dignidade e possamos sair vitoriosos desta Campanha Salarial", afirmou.
A superintendente de DH, Zilana Ribeiro, relacionou a valorização do corpo funcional com o fortalecimento da Instituição. “Por isso, desde que a nova administração assumiu, há a preocupação em se reforçar a política de desenvolvimento humano”, disse. Zilana destacou algumas reivindicações do funcionalismo que foram atendidas pelo Banco, como a negociação do passivo trabalhista em várias bases sindicais e a volta do anuênio (ainda não estendido aos novos funcionários), dentre outros. Em relação à campanha salarial, afirmou que o Banco acha importante entrar na mesa única, mas ainda não tem autorização do governo. Além disso, garantiu que o PCR não é moeda de troca no acordo coletivo.
O coordenador da CNFBNB, Tomaz de Aquino, informou que a minuta específica fora entregue ao Banco no último dia 19/8, mencionando as principais cláusulas: implementação do ponto eletrônico em todas as unidades; realização de concursos; combate ao assédio moral; criação de um plano de previdência para os novos funcionários e para os que saíram da CAPEF; cesta alimentação no mesmo patamar da Fenaban; discussão democrática sobre a CAMED; retorno da licença-prêmio; retorno da CIN-Pessoal; diretor representante dos funcionários (COREF). Ele ressaltou que, este ano, a categoria decidiu por reivindicar um índice "realista", que reflita as perdas do último período e acarrete em ganho real.
Chamado à compor a mesa, também fez o uso da palavra o superintendente estadual do BNB no Piauí, José Agostinho de Carvalho Neto. |