Fale Conosco       Acesse seu E-mail
 
Versão para impressão Diminuir tamanho das letras Voltar Página inicial Aumentar tamanho das letras


09/09/2005

Nossa Voz - Especial 28ª Reunião do Conselho de Representantes

Representantes discutem sobre Planejamento para a Região Nordeste

Com o tema “Planejamento e Desenvolvimento Regional: Por um BNB Forte” teve início, no dia 26/8, a 28ª Reunião do Conselho de Representantes da AFBNB. Durante dois dias, cerca de 140 pessoas discutiram estratégias para fortalecer o Banco e, conseqüentemente, estimular e promover o desenvolvimento da Região.

Na abertura do evento estiveram presentes o Governador do Piauí, Wellington Dias; o superintendente do Etene, José Sydrião de Alencar (representando o presidente do BNB, Roberto Smith); o presidente da Associação dos Empregados do Banco da Amazônia (AEBA), Sérgio Trindade; o presidente da AABNB, José Edson Braga; o secretário executivo de Planejamento da Prefeitura de Teresina, Augusto Basílio, dentre outras autoridades.

Na fala de abertura, o governador Wellington Dias relembrou sua iniciação profissional, como bolsista do BNB e disse apostar no planejamento para tirar o Estado da “periferia do Nordeste”. “Trazer desenvolvimento não é difícil, mas nós apostamos num modelo de desenvolvimento que traga melhorias para as condições de vida de todos, de forma planejada”, declarou. Dias encerrou sua fala agradecendo a AFBNB pelo convite e ao BNB, por ter instalado, recentemente, duas novas agências no Estado.

José Frota de Medeiros, presidente da AFBNB, explicou o motivo do evento: “Estamos aqui para esboçarmos nossas preocupações e as formas de como pensamos o Nordeste. Nosso conclave e seus resultados serão um verdadeiro instrumento para o BNB”. Medeiros criticou a ausência de planejamento no país, evocando o artigo 3 da Constituição Federal, que diz ser objetivo fundamental da República Federativa do Brasil garantir o desenvolvimento nacional e reduzir as desigualdades sociais e regionais.

Painéis e grupos – Para discutir o primeiro painel, cujo tema foi o mesmo do encontro, foram convidados José Sydrião de Alencar, superintendente do Etene; José Arlindo Soares, professor da Universidade Federal da Paraíba; Cláudio Ferreira Lima, coordenador-geral de Planejamento do DNOCS  e Judson Barros, presidente da Fundação Águas (Funáguas).

José Arlindo fez uma retrospectiva das tendências de desenvolvimento do Nordeste e da economia brasileira e apresentou idéias para a formulação de uma agenda estratégica para a Região. Ele acredita que os modelos de planejamento de antes – com soluções e conceito uniformes – não podem ser utilizados hoje. “O Nordeste de Celso Furtado não existe mais. Existe sim um Nordeste recortado por diferentes instituições e modelos produtivos”. Por isso, defende a criação de novos instrumentos que dêem conta dessa nova realidade (leia mais na página 07).

Sydrião de Alencar apresentou, em primeira mão para os funcionários, o documento produzido pelo Etene, intitulado Política Produtiva para o Nordeste (PPN), cujo objetivo é contribuir para o Desenvolvimento Sustentável do Nordeste, financiando atividades produtivas e infra-estrutura, com foco na integração econômica com o país e o mundo, na inclusão social e na redução das desigualdades. Falou da decisão estratégica da atual gestão em aplicar os recursos do FNE, diminuindo a inadimplência, e dos fatores que levam à baixa competitividade da economia da região, como o nível educacional da população. Sydrião resaltou que o BNB surgiu dentro de uma proposta de Estado Nacional e que a questão do Nordeste deve integrar uma política nacional – mesma opinião de Cláudio Ferreira Lima. Para ele, o papel de um banco de desenvolvimento deve pressupor um projeto para o Brasil, em que se dê a integração competitiva. “Os bancos precisam mudar sua atuação de forma que sejam bancos de integração nacional”, argumenta. Segundo Cláudio Ferreira, para alcançar o desenvolvimento sustentável é preciso trabalhar com a “mão visível do planejamento e não com a mão invisível do neoliberalismo”.

Judson Barros, da Funáguas, questionou o tipo de desenvolvimento que vem sendo empregado no Piauí. Segundo ele, “o desenvolvimento que vemos hoje faz parte de um planejamento anterior, exclusivista”. Ele falou da degradação ambiental decorrente da exploração inadequada por parte de empresas que se instalaram no Estado, sobretudo na região do cerrado, também agravando problemas sociais.

Última atualização: 30/11/-0001 às 00:00:00
Versão para impressão Diminuir tamanho das letras Voltar Página inicial Aumentar tamanho das letras
 

Colunas

Versão em PDF

Edições Anteriores

Clique aqui para visualizar todas as edições do Nossa Voz
 

Rua Nossa Senhora dos Remédios, 85
Benfica • Fortaleza/CE CEP • 60.020-120

www.igenio.com.br