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17/08/2005

Nossa Voz - Crise política e defesa do BNB

Editorial

O BNB, a crise política e os falsos paladinos da ética

O Banco do Nordeste do Brasil sobreviveu ao desmonte de oito anos de desertificação neo-liberal, pela resistência enraizada em sua legitimidade histórica, construída com base na competência, seriedade e transparência que sempre marcaram e marcam seu processo de concessão de crédito especializado para fomento regional.

Essa legitimidade é melhor explicada historicamente, ao se atribuir sua criação ao contexto de um governo que tinha um projeto coletivo de nação, cuja realização seria incompatível com a existência de regiões com problemas estruturais acumulados durante séculos. Assim, o BNB, centrado no princípio do fomento ao Desenvolvimento Regional, tem atribuições para além do crédito: realização de treinamento e capacitação, estudos econômicos e apoio às pesquisas tecnológicas.

Hoje, como expressão viva deste projeto, o BNB mantém programas que atuam no financiamento de curto e longo prazos; apóia pequenas e médias empresas da região; beneficia indústria, comércio, agricultura, serviços e infra-estrutura; promove a inclusão bancária, apoiando pequenos empreendedores e produtores rurais. Sua característica especial se firma na constatação de sua participação em quase 80% do total de financiamento da região Nordeste. Em suma, se todos os bancos privados se retirassem da região, esta não sentiria falta de um Banco de Desenvolvimento.

Agora, não deixa de ser irônico o fato de forças políticas que, nos últimos oito anos, fizeram do BNB um “clube de amigos”, deixando-o em dificuldades, com rastros de corrupção e de processos por crimes de prevaricação, formação de quadrilha etc, venham posando como paladinos da ética e da transparência, apoiados na charanga midiática. Pretendem, como fizeram com a Sudene, desmoralizar o BNB, sangrá-lo, num verdadeiro linchamento moral, para dele se apoderarem e, em seguida, destruí-lo. Atualmente o BNB é um empecilho à ação deste “clube de amigos”, que tentou retornar, sub-repticiamente, apoiado na justa necessidade de se combater a corrupção, mesmo sem provas que responsabilizassem a instituição.

Por isso, a AFBNB convoca a todos que fazem o BNB a lutar pela ética na política, mostrando sua indignação a atos ilícitos, se praticados, apoiando a punição dos responsáveis e, ao mesmo tempo, defendendo esta conquista e patrimônio histórico do povo nordestino, que é o BNB, não permitindo que sorrateiras elites, “eivadas” de velhos sonhos traiçoeiros, voltem com seus velhos esquemas. Importa-nos defender o BNB, a transparência no tratamento do patrimônio público.

Importa-nos afastar estes defensores da política velhista, mantenedora do quadro de atraso e miséria reinantes na região.

Última atualização: 30/11/-0001 às 00:00:00
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