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11/07/2005

Nossa Voz - Políticas de Desenvolvimento já!

Economia Brasileira: modelo atual não tem potencial estruturante

Economia Brasileira: modelo atual não tem potencial estruturante

A exacerbada preocupação com o curto prazo, com o método de avaliação macroeconômica copiada da cartilha do FMI, tornam as metas da inflação, o superávit primário, o câmbio flutuante e os escoachantes juros altos (os maiores do mundo) as variáveis orientadoras da política econômica. Assim, o Brasil discute regras, acordos e formalismo teóricos que não servem aos nossos interesses, não superam nossas carências, não levam a um melhor aproveitamento de nossas potencialidades. Perdemos o sentido da construção nacional.

A cada análise da comprometida mídia brasileira, presenciamos a ênfase no foco financeiro, nas variáveis modeladoras das economias dos países mais ricos, mantendo uma integração subordinada às custas da desintegração nacional.

Não se trata de reivindicar uma política com espaço nacional “fechado”, do passado, ao invés da pretensa novidade do futuro “moderno”, “dinâmico” que é a globalização, a abertura da economia. Na verdade trata-se de uma dicotomia falsa, pois a globalização, formalização ideológica da política neoliberal, está completamente inscrita na lógica da velha ordem. Senão vejamos: a exploração e a precarização do trabalho, o desemprego, a queda da renda média do trabalhador, a concentração de renda, as desigualdades, a pobreza, o envelhecimento da infra-estrutura, as desigualdades regionais, a manutenção de uma estrutura agrária concentradora, improdutiva e especulativa, tudo isto se mantêm intacto sob a dinâmica econômica “modernizadora” da globalização que abriga esta realidade e seus resultados sociais medíocres.

Entretanto, em nosso país, quando se pensou no âmbito da nação (Era Vargas), pôde-se fazer história através de decisões políticas que levaram a êxito nos projetos de recuperação de nossos atrasos, alcançando um desenvolvimento que seria inconcebível apenas através do jogo das forças de mercado. Vale salientar que, nesta fase desenvolvimentista, a sociedade brasileira não foi isolada, não foi radicalmente nacional, mas sempre influenciada por decisões e processos de origem no sistema capitalista mundial.

Na atual dinâmica econômica mundial, apesar do “não” das nossas elites conservadoras, um projeto nacional pode solucionar a crise da sociedade brasileira, pois nosso povo-nação está muito longe de esgotar seu potencial civilizatório.

Nestes 20 anos de desertificação neoliberal, que impôs o atual modelo macroeconômico ao Brasil, demonstrou a permanência e mesmo aprofundamento dos problemas econômicos e sociais, não tendo, portanto, a longo prazo, potencial estruturante para a sociedade brasileira.

Um outro modelo é possível, criando uma institucionalidade forte, para não se deixar desconstruir, com o retorno de um projeto de nação, de políticas regionais de desenvolvimento, da Sudene e de um BNB fortalecido.

Neste contexto, a AFBNB, portadora dos anseios de uma relação social mais humana para o Nordeste, reafirma sua disposição de estimular o debate plasmando um futuro de aumento do bem estar material e espiritual da sociedade nordestina. Sem as amarras neoliberais.

Última atualização: 30/11/-0001 às 00:00:00
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