Mobilização pelo PCR
O primeiro grande movimento paredista vitorioso dos funcionários do BNB remonta a 1962, com a greve de 29 dias de equiparação ao Banco do Brasil.Esta isonomia ao BB foi atropelada em 1975, quando uma reestruturação no BB ajustou os salários de seus funcionários, enquanto o BNB quedou-se em silêncio, oprimido pelo regime de exceção vigente. Restabelecido o direito de greve com o fim da ditadura, nova luta culminou com decisão judicial que novamente equiparou os salários do BNB com o BB, decisão que prevaleceu até 1998 quando novamente em regime de exceção o PCS vigente foi completamente desmontado. Além do desmonte do PCS, a prepotência de um Louco e sua quadrilha atropelou a lei, a orientação do governo e próprio exemplo do Banco do Brasil retirando benefícios gravados no contrato de trabalho dos empregados do BNB.
Da mesma forma que exigimos que o direito constitucional de greve deve ser respeitado, reivindicamos que no Banco do Nordeste também se restabeleça o princípio da isonomia, garantido-se a todos os funcionários o mesmo tratamento com relação a salários, benefícios e condições de trabalho. Esta reflexão nos remete à novela do PCR que se arrasta há mais de dois anos, onde o que hoje está sendo apresentado é resultado do esforço de negociação das entidades representativas dos funcionários e das sugestões dos benebeanos diante de uma proposta do Banco que deveria ser mais justa. Nesse sentido, a AFBNB entende que a proposta de acordo do PCR não atende aos anseios maiores do funcionalismo, em especial quanto à curva salarial, e principalmente quando fere a isonomia de tratamento, deixando milhares de colegas à margem do processo de resgate das promoções, autoritariamente subtraídas na gestão Byron Queiroz – infelizmente referendada pela atual Diretoria do BNB.
A AFBNB reconhece que vem participando, junto com a Comissão Nacional dos Funcionários do BNB, de todos os procedimentos negociais visando à implantação do PCR, denuncia, também, que houve insensibilidade e incapacidade do Banco em atender às necessidades apontadas pelas entidades. Compreende ainda que, diante do proposto, alguns avanços foram obtidos e que o processo de negociação para a efetivação do acordo deve garantir essas e outras conquistas, entretanto, não abre mão de continuar lutando pela isonomia de direitos e conquistas que faça do BNB um banco com um só tipo de funcionário e não um banco com funcionários de primeira e segunda categorias.
A AFBNB entende que só será restabelecida a harmonia no seio dos funcionários quando o direito de todos for restabelecido para todos. Isso exige mobilização e, a exemplo de muitas outras mobilizações anteriores, também podemos conseguir uma vitória, com a união, solidariedade e participação de todos.
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