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04/05/2005

Nossa Voz - Representantes debatem Transposição

BNB recebe críticas quanto ao seu atual modelo de desenvolvimento

Na tarde do dia 1o/4, os representantes da AFBNB assistiram ao segundo painel do evento, “Desenvolvimento e o novo modelo de BNB”. Foram convidados a compor a mesa, Margarete Bezerra Cavalcanti, superintendente estadual do BNB na Paraíba; Guerino Edécio, doutor em economia e colaborador do CENOP/Recife; Assis Arruda, diretor de Negócios e Gestão de Pessoas do BNB, que participaria representando o presidente do banco, Roberto Smith, mas não pôde comparecer ao evento; e Paulo Dídimo, consultor interno do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (ETENE).

 

Na tarde do dia 1o/4, os representantes da AFBNB assistiram ao segundo painel do evento, “Desenvolvimento e o novo modelo de BNB”. Foram convidados a compor a mesa, Margarete Bezerra Cavalcanti, superintendente estadual do BNB na Paraíba; Guerino Edécio, doutor em economia e colaborador do CENOP/Recife; Assis Arruda, diretor de Negócios e Gestão de Pessoas do BNB, que participaria representando o presidente do banco, Roberto Smith, mas não pôde comparecer ao evento; e Paulo Dídimo, consultor interno do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (ETENE).

 

A superintendente estadual do BNB na Paraíba, Margarete Bezerra, falou sobre desenvolvimento e resultados do Banco. Em sua explanação, ela apresentou os indicadores de desempenho do BNB em dezembro de 2004, com o percentual de 72,3% na participação de financiamentos na Região Nordeste, norte de Minas Gerais e Espírito Santo.


A superintendente também reforçou o valor de R$ 3 bilhões em recursos disponíveis para aplicação em 2005 com recursos do FNE. Segundo ela, a aplicação deve ser precedida pelo planejamento para gerar desenvolvimento.

Já o economista Guerino Edécio fez uma reflexão crítica sobre a atuação do BNB nos últimos anos. Para ele, o crédito não pode ser o único instrumento do governo para o desenvolvimento. “Precisamos retomar o debate sobre a questão regional no Brasil. O BNB só existe porque as desigualdades regionais perduram”, disse ele.


Ele lançou críticas sobre as estratégias creditícias do Banco, focado apenas na aplicação “a todo custo”, que pode resultar em uma vulnerabilidade institucional do BNB em futuro próximo. “Há fortes limitações a uma política de crescimento e desenvolvimento econômico calcada apenas no crédito”, completou.


Segundo o economista, existem algumas distorções na ação do BNB: seletividade adversa; falta de apoio decisivo e efetivo para os arranjos produtivos locais; processo de burocratização do ETENE; fragmentação dos recursos do FNE, dentre outros.

 

Para Guerino Edécio, é preciso abrir o debate – com a atual administração do Banco, colaboradores internos e sociedade em geral – sobre o verdadeiro papel do BNB no atual contexto da economia nordestina brasileira. “Ou os funcionários defendem a Região ou não terão como defender o BNB”, concluiu.


Em sua palestra, o consultor interno do ETENE, Paulo Dídimo, fez uma análise crítica do modelo atual e da política de atuação do BNB. Ele apresentou os quatro elementos que integram o modelo de gestão de qualquer empresa: estratégia, estrutura, pessoas e processos. Segundo ele, estes quatro componentes devem estar interdependentes, ou seja, a alteração de um deles sem considerar os outros implicará em problemas. Dídimo destacou, ainda, que as pessoas são o elemento mais expressivo e importante da empresa. “Algumas mudanças têm se revelado muito mecanicistas, por desprezarem os seus aspectos comportamentais”, afirmou.


Toda empresa se organiza para viabilizar a sua estratégia que, no caso do BNB, é o desenvolvimento regional. “Mas a forma como nós nos organizamos no Banco dificulta a articulação”, apontou Dídimo, fazendo uma crítica à atual estrutura organizacional do BNB.

 

Em sua análise, ele destacou ainda alguns problemas detectados no BNB: o desalinhamento entre estratégia e estrutura; a distribuição do processo de crédito entre diversas áreas; a existência de uma área e um ambiente para a mesma função, dentre outros pontos. Dídimo também apresentou sugestões de pressupostos para um novo modelo organizacional do BNB. O primeiro pressuposto é a visão unificada de Banco de Desenvolvimento. “Isto significa a necessidade de acabar com a dualidade Área de Desenvolvimento x Área Comercial, que só existe em função da estruturação organizacional por produtos. Todas as áreas de negócio são de desenvolvimento, seja crédito, captação, serviços, capacitação, promoção de investimentos”, afirmou. Além disso, é importante que a estrutura reflita a estratégia da Instituição e é necessária uma visão tanto de conjunto como dos diversos processos de negócios.

AFBNB – Em seguida, os diretores da Associação compuseram a mesa para o terceiro painel, “Atuação e funcionamento da AFBNB”. Na ocasião, foi apresentado o balanço da última Reunião do Conselho de Representantes da AFBNB, ocorrida nos dias 6 e 7 de agosto de 2004, em Fortaleza. Também se levantou a necessidade de revisão do Estatuto Social da AFBNB, a partir de processo participativo com os representantes com indicativo de calendário para início logo em abril. Ressaltou-se, ainda, a importância de ampliar as ações político-institucionais da Associação, através da manutenção de um trabalho de assessoria no Congresso Nacional e de uma crescente inserção na mídia. Para estas e outras ações, detectou-se a necessidade de discussão sobre o valor da contribuição dos associados.

Última atualização: 30/11/-0001 às 00:00:00
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