A histórica greve no BNB
A campanha salarial deste ano resgatou, de forma inequívoca, a capacidade de mobilização e a disposição de luta dos funcionários do Banco do Nordeste do Brasil. Com uma paralisação de 28 dias – a maior dos últimos anos – os benebeanos expressaram o seu grau de insatisfação com o acordo do ano passado e de repulsa à proposta inicial para a convenção coletiva deste ano.
Durante a paralisação, a AFBNB manteve comunicação diária com os funcionários, emitindo boletins via e-mail, atualizando o quadro das agências paradas em seu site, distribuindo edições extras do Nossa Voz. Nosso objetivo, além de mobilizar o funcionalismo, foi denunciar os casos de pressão exercida sobre os grevistas, como as ameaças de corte do ponto.
É importante destacar que a Associação, como entidade representante do funcionalismo, perseguiu junto com os sindicatos a construção de um canal de negociação permanente com a Direção do Banco por acreditar que o diálogo é o maior instrumento da democracia. E apesar do acordo alcançado não ter sido o ideal, mas o possível diante da intransigência governamental, o funcionalismo voltou ao trabalho de cabeça erguida, com a sua dignidade preservada e o sentimento de dever cumprido. Afinal, a pressão exercida pelo movimento grevista conseguiu melhorar a proposta inicial em vários aspectos.
Pela primeira vez, os funcionários receberão o merecido pagamento da Participação nos Lucros e Resultados do Banco (PLR). Além disso, o novo Plano de Cargos e Remuneração (PCR) será finalmente implementado, com o restabelecimento do sistema de promoções. A Direção do BNB se comprometeu, ainda, a agregar ao acordo qualquer proposta mais vantajosa que outro banco estatal oferecer.
Mas a luta continua. Com todas as dificuldades enfrentadas, saímos desta greve fortalecidos para continuar lutando pelas conquistas de que são merecedores todos os funcionários do BNB. A AFBNB vai acompanhar a implementação do PCR e do novo modelo de atuação dos agentes de desenvolvimento. Além disso, vamos cobrar o cumprimento do calendário de pagamento do passivo trabalhista e a realização da audiência do Banco com a Comissão dos Demitidos.
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