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01/11/2004

Nossa Voz - A histórica greve no BNB

Caso Cobra: Funcionários exigem rigor nas investigações

Cinco gestores do Ambiente de Tecnologia da Informação foram afastados no último dia 22/10 sob alegativa de omissão e falta de transparência no episódio conhecido como Caso Cobra. Os gestores foram acusados, em momentos distintos, de terem se omitido, participado de fraude na elaboração do projeto básico de licitação e repassado informações sigilosas ao Tribunal de Contas da União (TCU). Conforme o chefe do Gabinete da Presidência (Gapre), Kennedy Moura Ramos, houve irregularidades no processo de licitação da empresa de informática que prestaria serviços ao Banco a partir do mês de setembro de 2004.

A “constatação” já havia sido feita pelo TCU, que determinou o cancelamento imediato de oito cláusulas que ainda não haviam sido implementadas do contrato com a empresa Cobra. Em nenhum momento o órgão interpelou qualquer funcionário e não se sabe o que teria motivado o afastamento dos gestores. O ato de extrema arbitrariedade acabou gerando uma crise Banco. Para aplainar o clima tenso, o presidente do BNB, Roberto Smith, convocou duas audiências com a presença da AFBNB. Durante os encontros, o presidente explicou que os funcionários foram afastados em virtude da apuração do caso pela auditoria do Banco.

As acusações, segundo os funcionários presentes, são inconsistentes. De acordo com eles, o projeto básico de licitação foi elaborado com antecedência e com a participação de servidores das áreas de tecnologia, jurídica e logística. O projeto teria sido encaminhado ao Gapre, que o teria devolvido alegando o estudo de alternativas. O desenlace da situação foi a contratação da empresa Cobra, sem licitação. “A Direção talvez tenha cometido um pecado de tempo. Se necessário, faremos nova licitação. Os ministros do TCU entendem os problemas do Banco, mas querem o necessário respaldo normativo”, afirmou o presidente.

Segundo ele, estaria havendo mau gerenciamento da área de Tecnologia da Informação (TI), cujos contratos não estariam sendo acompanhados a contento. Os colegas das áreas de tecnologia da informação e logística criticaram a duplicidade de comando na área, a existência de entraves no fluxo de informações entre eles e a diretoria, uma espécie de “poder paralelo”.  O presidente anunciou que o diretor João Emílio Gazzana vai acompanhar a área de TI, junto com a superintendente em exercício, colega Anadete Apoliano Albuquerque. O diretor Assis Arruda estará junto, acompanhando sob o aspecto da administração de pessoal.

A Associação espera que as investigações sejam conduzidas com isenção total, amplo direito de defesa e que todas as hipóteses sejam levantadas e apuradas com rigor. A auditoria teve início no último dia 25/10, com a instalação de uma comissão, nomeada pelo presidente. De acordo com Roberto Smith, os cinco funcionários afastados permanecem com seus cargos e funções assegurados, sem perdas salariais. “Ao final da auditoria interna, nada se encontrando contra eles, serão reconduzidos sem nenhum registro da ocorrência em suas fichas funcionais”, assegurou.

Última atualização: 30/11/-0001 às 00:00:00
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